O Manchester City, de Pep Guardiola, e o Bayern Munique, agora de Thomas Tuchel, iniciam daqui a pouco terça-feira, em Inglaterra, uma verdadeira ‘final antecipada’, naquele que é principal duelo dos quartos de final da Liga dos Campeões em futebol.

Em busca de um título que nunca conquistou, e do qual só esteve verdadeiramente perto em 2020/21, na final perdida para o Chelsea no Dragão (0-1), o City, de Rúben Dias e Bernardo Silva, tem como grande arma o ‘imparável’ Erling Haaland.

Depois dos cinco golos que marcou no 7-0 ao Leipzig na segunda mão dos ‘oitavos’ – e Guardiola tirou-o aos 63 minutos -, o norueguês centra todas as atenções, sendo, claramente, a principal ‘arma’ dos ‘citizens’.

Por seu lado, o Bayern, que surpreendentemente despediu Julian Nagelsmann e contratou Tuchel, vale, sobretudo, pelo coletivo, algo que se acentuou nesta época, com a partida do avançado polaco Robert Lewandowski para o FC Barcelona.

Os bávaros também têm, porém, muitas individualidades capazes de resolver, incluindo o português João Cancelo, que quererá, certamente, marcar uma posição, depois de ter sido emprestado pelos ingleses até final da temporada.

O City procura a terceira meia-final consecutiva, enquanto o Bayern tenta a primeira desde 2019/20, a época do sexto e último título, já que caiu nos quartos nas duas últimas temporadas, face ao Paris Saint-Germain e, surpreendentemente, ao Villarreal.

No sábado, a anteceder o confronto do Etihad, o ‘onze’ de Guardiola venceu por 4-1 no reduto do Southampton, com mais dois de Haaland, enquanto o Bayern venceu de forma tangencial no reduto do Friburgo, com um tento do neerlandês De Ligt.

Além do embate de Manchester, joga-se na Luz o outro encontro de terça-feira, com o Benfica, invicto na prova, com 10 vitórias e dois empates, a receber o Inter Milão, ‘carrasco’ do FC Porto, com um triunfo por 1-0 em San Siro e um ‘nulo’ no Dragão.

Na quarta-feira, entra em ação o campeão em título Real Madrid, que - ainda a ‘saborear’ o 4-0 em Nou Camp, rumo à final da Taça do Rei - recebe um Chelsea a realizar uma época verdadeiramente ‘desastrada’, que já vai no terceiro treinador.

Os ‘merengues’, que já conquistaram a ‘Champions’ em 14 ocasiões, estão longe da possibilidade de revalidar o título espanhol, a 12 pontos – com mais um jogo – do líder FC Barcelona, mas são segundos na La Liga, enquanto os londrinos seguem em 11.º lugar na Premier League, a 33 pontos do Arsenal.

O ex-jogador e ex-treinador Frank Lampard foi o escolhido para ‘rematar’ a temporada, depois dos ‘falhanços’ de Thomas Tuchel e Graham Potter, e tentar inverter o ciclo de maus resultados da equipa, que, em 2023, soma apenas quatro vitórias – e o dobro das derrotas - em 18 jogos, apesar dos muitos milhões investidos.

No fim de semana, o Real Madrid claudicou na receção ao Villarreal (2-3), dando novo passo em falso no campeonato, enquanto o Chelsea perdeu no reduto do Wolverhampton por 1-0, culpa de um tento do internacional luso Matheus Nunes.

O outro jogo coloca frente a frente o ainda detentor do título italiano, o AC Milan, e o mais do que provável vencedor da edição 2022/23 da Seria A, o Nápoles, que lidera a prova com mais 16 pontos do que a Lazio, com o milaneses em quarto, a 22.

Por esta ‘amostra’, e por tudo o que o Nápoles fez na época 2022/23, nomeadamente na ‘Champions’, o clube onde em que se distinguiu Diego Armando Maradona seria claro favorito, mas, já em abril, o AC Milan foi a casa dos napolitanos golear por 4-0.

Este resultado foi, claramente, um aviso para o conjunto de Luciano Spalletti, no qual Mário Rui é ‘cliente’ habitual no ‘onze’, como Rafael Leão no de Milão, tendo sido ele a marcar dois dos golos do ‘onze’ de Stefano Pioli no Estádio Diego Maradona.

Os jogos da segunda mão dos quartos de final realizam-se em 18 e 19 de abril, sendo que o vencedor da ‘final antecipada’ entre City e Bayern defronta Real ou Chelsea, enquanto o Benfica está do lado do quadro dos três italianos.