O defesa brasileiro Douglas da Silva, ex-futebolista do Hapoel Telavive, negou este sábado qualquer manipulação no resultado do jogo entre o clube israelita e o Schalke 04 e afirmou estar a ser vítima de um «acto de vingança».

Segundo o diário alemão Süddeutsche Zeitung, a UEFA foi alertada para um volume pouco habitual de apostas provenientes da Ásia em relação ao jogo da terceira jornada do Grupo B da Liga dos Campeões, em que esteve inserido o Benfica, que os germânicos venceram por 3-1.

De acordo com o jornal, foram apostados 12 milhões de euros na vitória do conjunto germânico por dois golos de diferença e em causa poderá estar, segundo a mesma fonte, o central brasileiro, que estaria envolvido nas apostas e depois abandonou o clube israelita.

«Posso afirmar em consciência que todas as acusações de que sou alvo são falsas. Estou a ser vítima de um acto de vingança», disse o actual jogador do Salzburgo, em comunicado divulgado no sítio do clube austríaco, que critica a «condenação precipitada dos ‘media’».

O defesa de 26 anos, autor do terceiro golo do Hapoel frente ao Benfica (3-0), já havia apresentado queixa por extorsão contra Zarko Liron, seu ex-colega de equipa no Hapoel Kfar Sava e suspeito de chantagear o brasileiro.

O antigo treinador de Douglas em Telavive, Eli Guttman, também veio a público defender o seu ex-pupilo, considerando-o «o melhor defesa» com quem já trabalhou e alguém que «não suporta a derrota», pelo que as acusações «não têm fundamento».

O Schalke 04, que bateu os campeões lusos na Alemanha (2-0) e na Luz (2-1), venceu o Grupo B, com 13 pontos, e qualificou-se para os oitavos de final da “Champions”, juntamente com os franceses do Lyon, segundos, com 10.

Por seu lado, o Benfica foi terceiro, com seis pontos, e transitou para a Liga Europa, enquanto o Hapoel Televive foi eliminado das competições europeias, ao ser quarto e último do agrupamento, com cinco.