O FC Porto saiu de Madrid com uma pesada derrota diante do Atlético de Madrid por 2-1. Depois de uma primeira parte muito equilibrada e sem grandes lances de perigo, a segunda metade trouxe toda a emoção de uma noite de Liga dos Campeões, com o resultado apenas a ficar definido no último lance da partida.

Foi nos dez minutos de desconto dados pelo árbitro que surgiram os três golos da partida. Primeiro foi Hermoso aos 91 a fazer o primeiro da partida com um remate prensado nos defesas portistas e que acabou por trair Diogo Costa.

Todavia, Hermoso passou de herói a vilão a ajeitar a mão com a bola dentro da sua área, penalti que Uribe converteu aos 96 minutos.

Mas quem achou que o resultado estava feito acabou por se enganar. Já depois de esgotados os nove minutos de desconto, Griezmann cabeceou à vontade após um canto da esquerda e um primeiro desvio de Witsel para dar ao Atlético a vitória.

Equilíbrio inquebrável

Sérgio Conceição não fez muitas alterações em comparação com a partida diante do Gil Vicente. Apenas Zaidu e Evanilson entraram para os lugares de Wendell e Toni Martinez.

Já Diego Simeone apenas fez uma mudança relativamente ao jogo do fim-de-semana diante da Real Sociedad; o técnico argentino fez alinhar Molina no lugar de De Paul no corredor direito.

O Atlético tomou as rédeas do jogo logo desde o apito inicial, pressionando muito o FC Porto logo à saída da sua área; já os dragões adotaram uma postura mais de espectativa, em busca do erro adversário para lançar rápidas transições. Com o avançar do relógio, os dragões foram equilibrando a contenda, passando a dividir mais a partida.

Com isso, as balizas como que passaram para segundo plano com a partida a ser jogada muito no meio-campo e com as duas equipas a não arriscar muito e a tentar explorar erros do adversário.

O primeiro lance de relativo de perigo surgiu aos 29 minutos quando Evanilson, de ângulo muito apertado, permitiu a defesa de Oblak. O Atlético respondeu aos 37 com um remate de Koke à entrada da área que foi à figura de Diogo Costa.

Até ao intervalo destaque-se apenas um lance de grande perigo junto da baliza do Atlético; aos 46 minutos Taremi conseguiu fugir a Gimenez e, já dentro da área, procurou servir Evanilson que não estava no sítio certo.

Emoções guardadas para o fim

Ao intervalo Diego Simeone resolveu mexer na equipa; fez entrar Lemar e De Paul para os lugares de Carrasco e Molina. O Atlético entrou mais agressivo e chegou mesmo a por a bola na baliza aos 50 minutos através de Koke, mas o lance foi invalidado devido a fora de jogo de De Paul.

Depois de momentos de algum aperto, o FC Porto conseguiu voltar a subir no terreno e responder; 55 minutos e o forte remate de Eustáquio levou Oblak a fazer uma grande defesa.

Apesar disso, e também de um aumento ligeiro do ritmo de jogo, as equipas continuavam muito calculistas e procuravam manter o seu equilíbrio e limitar os erros ao mínimo possível.

O Atlético procurava ser mais incisivo no ataque com a entrada de Griezmann mas o FC Porto não se deixou afectar e continuou a tentar chegar perto da área 'colchonera', numa dessas vezes os dragões quase que chegavam ao golo; João Mário surgiu completamente sozinho no lado direito da área, mas o remate de primeira do lateral encontrou boa oposição de Oblak.

O crescimento do Porto foi tal que levou Simeone a retrair um pouco o pendor ofensivo da sua equipa, fazendo entrar o central Hermoso para o lugar de Álvaro Morata. Todavia os dragões continuavam a crescer e a ameaçar a baliza do Atlético onde ia valendo Jan Oblak.

O ímpeto portista levou um rude golpe quando Otávio foi obrigado a sair após uma grave lesão que obrigou o médio a sair de maca imobilizado, dando o seu lugar a Bruno Costa. Para além disso, os dragões também ficaram a jogar apenas com dez quando, aos 81 minutos, Taremi viu o segundo amarelo por alegada simulação dentro da área 'colchonera'.

A expulsão levou os dragões a recuar um pouco mais, isto apesar de continuar a tentar manter a pressão sobre o Atlético; esse natural recuo acabou por sair caro aos homens de Sérgio Conceição; no primeiro minuto da compensação a bola sobrou para Mário Hermoso que, com muita sorte à mistura, conseguiu chegar ao golo.

Apesar disso o FC Porto não baixou os braços e foi à procura do empate. Tal coragem acabou por dar frutos quando Hermoso, numa ação infantil, levou a bola ao braço. Penalti convertido por Uribe e o improvável empate aí estava.

Contudo o Atlético não desistiu de procurar a vitória, partindo desesperadamente para o ataque em busca da vitória; a verdade é que tal acabou mesmo por acontecer no último lance da partida. Esgotados os nove minutos de compensação, um canto da esquerda encontrou Griezmann completamente sozinho que apenas teve de encostar de cabeça para o golo da vitória.

Com esta vitória o Atlético partilha a liderança do Grupo B com o Club Brugge que venceu em casa o Bayer Leverkussen.