A forma de Lionel Messi foi um dos temas da conferência de imprensa de Ronald Koeman, de antevisão do jogo com a Juventus, da Liga dos Campeões. O Barcelona está num impensável 9.º lugar na Liga Espanhola, depois da derrota deste fim de semana no terreno do Cádiz. Messi voltou a estar em branco, num jogo onde a defesa catalã voltou a sofrer um golo ridículo.

"[Messi] é o jogador mais importante no nosso ataque. As nossas ocasiões de golo quase sempre passam por ele. É fácil culpá-lo, pela sua trajetória… Mas a verdade é que ele não comete erros na defesa", lembrou o técnico holandês, antes de falar do jogo com o Cádiz.

"É para estar descontente. Temos de analisar a derrota, mas há uma diferença entre perder um jogo como o de sábado e perder no campo do Atlético Madrid. A forma como nos marcaram, como criaram perigo… eu não faço teatro, mas estou chateado. Já disse isso aos jogadores na reunião de ontem. Estando no Barcelona não se pode sofrer golos como os que temos sofrido em vários jogos. Para qualquer jogador que treina ou joga, é uma responsabilidade estar aqui. O que lhes digo, fica dentro. Não há treinos suficientes para melhorar muitas coisas, mas há que analisar. Criámos, em média, cinco ou seis oportunidades claras em cada partida, pelo que há que encontrar equilíbrio para fazer mais golos e sofrer menos. Perdemos muitos pontos por coisas que não podem acontecer", recordou.

Esta terça-feira, o Barcelona só precisa de um empate na receção à Juventus ou então não perder por dois golos de diferença para garantir o primeiro lugar do Grupo. O jogo marca um novo embate entre Cristiano Ronaldo e Messi, eles que foram os protagonistas de vários jogos entre Real Madrid e Barcelona, quando o português estava nos merengues.

"Pensamos que é um jogo importante, com duas grandes equipas que vão lutar pelo primeiro lugar do grupo. É sempre bom quando participam os melhores, o Cristiano Ronaldo é um dos melhores. Está entre a elite do nosso mundo. Há que defender bem e tentar ter a posse da bola", analisou.

Koeman lamentou ter perdido novamente Ousmane Dembelé por lesão, algo que atribuiu a sobrecarga de jogos.

"É mais uma situação que explica por que me queixo dos horários. Não entendo quem marca os horários dos jogos. Se tens de jogar na Liga dos Campeões na terça-feira à noite, não se pode chegar a casa às quatro e meia da manhã. Fizemos cinco jogos fora de casa, todos às nove da noite. Isto não é uma ajuda para uma equipa espanhola", queixou-se.