O Manchester City é o grande favorito a conquistar sábado a final da edição 2022/23 da Liga dos Campeões em futebol, o troféu que há muito persegue, face ao ‘outsider’ Inter Milão, já com três títulos no currículo.

No Estádio Olímpico Atatürk, os já vencedores da Premier League e da Taça de Inglaterra têm nova ocasião de ouro para colocar a mão na ‘orelhuda’, na sua 10.ª presença consecutiva na fase a eliminar e sétima sob o comando do catalão Pep Guardiola.

Neste ciclo, o clube em que alinham os internacionais lusos Rúben Dias e Bernardo Silva – João Cancelo, emprestado ao Bayern Munique, também poderá tornar-se campeão - esteve numa outra final, em 2020/21, perdida no Dragão para o Chelsea.

Dois anos volvidos, o City volta a ser finalista e favorito, mas, mais uma vez, terá de o provar em campo, o que não conseguiu no reduto ‘azul e branco’, muito por culpa de uma mais do que ‘duvidosa’ aposta num ‘onze’ sem um médio defensivo.

Guardiola não irá, certamente, ‘inventar’ desta vez, até porque se tem mantido fiel, já há muitos jogos, a um por si idealizado ‘3-2-4-1’.

O City tem jogado com uma defesa a três, composta por Kyle Walker, Rúben Dias e Aké (ou Akanji), à frente de Ederson, Stones e Rodri com médios mais defensivos, e um quarteto (Bernardo Silva, De Bruyne, Gündogan e Grealish) nas costas de Haaland.

O esquema tático é uma novidade na presente temporada, bem como a presença de um verdadeiro ‘9’, no jovem norueguês Erling Haaland, que tem sido – exceção ao Mundial2022, que ‘pertenceu’ a Lionel Messi – a grande figura da temporada 2022/23.

Haaland foi o melhor jogador e marcador da Liga inglesa e também lidera a tabela dos goleadores da ‘Champions’, com 12 tentos, tendo esse título, praticamente, garantido – o mais próximo, ainda em prova, é o bósnio Edin Dzeko, do Inter, com quatro.

Desta forma, Guardiola, sem problemas de lesões, parece ter tudo do seu lado para fazer do City, finalmente, campeão da Europa e para conquistar, finalmente, o seu terceiro título, depois de dois pelo FC Barcelona, ao lado de Messi, em 2008/09 e 2010/11.

Pela frente, em busca do ‘treble’ – feito em Inglaterra só conseguido pelo Manchester United, em 1998/99 -, os ‘citizens’, que afastaram nas ‘meias’ o ainda campeão em título Real Madrid, vão ter uma equipa que não era ‘suposto’ chegar tão longe na prova.

Terceiro na Serie A, conquistada de forma incontestável pelo Nápoles, o Internazionale arredou o ‘Barça’ na fase de grupos e, depois, deixou pelo caminho FC Porto e Benfica, antes de vencer o duelo de vizinhos com o AC Milan.

A formação de Simone Inzaghi, que se organiza invariavelmente em ‘3-5-2’, não tem as ‘estrelas’ do City, mas tem muitos jogadores de enorme qualidade, nomeadamente no ataque, onde o técnico italiano deverá apostar em Edin Dzeko e no argentino Lautaro Martínez e deixar o belga Romelu Lukaku de ‘prevenção’.

O setor defensivo também dá garantias, com Darmian, Acerbi (ou o neerlandês De Vrij) e Bastoni, à frente do camaronês Onana, num conjunto ainda com dois laterais ofensivos (o neerlandês Dumfries e Dimarco) e três médios ‘bons de bola’, casos do turco Çalhanoglu, do arménio Mkhitaryan e de Barella.

O Inter não começou bem a época e foi sempre muito irregular na Serie A, mas acabou em ‘grande’, sendo que, depois do empate a três na receção ao Benfica, para alcançar as ‘meias’ da ‘Champions’, ganhou 11 de 12 jogos, só perdendo em Nápoles.

A formação transalpina chega, assim, em alta ao embate com o City e acredita, certamente, que pode fazer história e somar o seu quarto título europeu, depois dos arrebatados em 1963/64, 1964/65, numa final com o Benfica (1-0 no ‘seu’ San Siro), e 2009/10, há 13 anos, sob o comando do técnico luso José Mourinho.

A fina da edição 2022/23 da Liga dos Campeões em futebol, entre os ingleses do Manchester City e os italianos do Inter Milão, realiza-se no sábado, no Estádio Olímpico Antatürk, em Istambul, na Turquia, a partir das 20:00 (em Lisboa), com arbitragem do polaco Szymon Marciniak, o juiz da final do Mundial2022.