Quatro anos após a magistral ‘bicicleta’ de Gareth Bale e a exibição ‘desastrosa’ de Loris Karius em Kiev, Liverpool e Real Madrid vão reencontrar-se para decidir pela terceira vez uma final da Liga dos Campeões de futebol.
O campeão espanhol e o vice-campeão inglês têm duelo marcado para sábado, no Stade de France, nos arredores de Paris, numa reedição da decisão de 2018, quando os ‘merengues’ arrecadaram pela 13.ª vez o troféu da principal competição europeia de clubes e cimentaram a posição de recordistas de conquistas.
Em 26 de maio desse ano, dois golos do galês Gareth Bale – um dos quais num pontapé acrobático - e um do francês Karim Benzema deram expressão ao triunfo por 3-1 sobre os ‘reds’, que ainda chegaram a empatar o encontro por Sadio Mané, mas não resistiram aos erros do próprio guarda-redes, o alemão Karius, que ‘ofereceu’ tentos de ‘bandeja’ aos adversários.
Há 40 anos, em 1981, os dois emblemas já se tinham defrontado pela primeira vez numa final da Taça dos Campeões Europeus, curiosamente em Paris, onde o Liverpool venceu por 1-0 e arrecadou uma das seis ‘orelhudas’ do seu historial, sendo que a última foi erguida na ‘ressaca’ de Kiev, em 2019, depois de uma final diante do Tottenham, em Madrid.
Foi, por outro lado, a terceira e última derrota em finais do Real Madrid, que venceu as últimas sete.
No sábado, em Saint-Denis, estarão frente a frente dois dos clubes que mais vezes venceram a competição e que mais vezes participaram na final, com o Real Madrid a atingir a sua 17.ª decisão e o Liverpool a 10.ª.
Apesar da surpreendente derrota caseira com o Sheriff, os espanhóis fecharam a fase de grupos como líderes, à frente de Inter Milão, dos moldavos e do Shakhtar Donetsk, apurando-se pela 25.ª vez consecutiva para a fase a eliminar da ‘Champions’, na qual reforçaram a ‘relação’ especial que mantêm com esta competição, tal foi a forma quase ‘épica’ como ultrapassaram três ‘novos ricos’ do futebol europeu: Paris Saint-Germain, Chelsea e Manchester City.
Os parisienses estiveram à beira do apuramento nos oitavos de final, com um triunfo por 1-0 na primeira mão e uma vantagem de 1-0 na segunda, só que Benzema desfez as ‘esperanças’ dos compatriotas e, em 17 minutos, assinou o ‘hat-trick’ que colocou o conjunto de Carlo Ancelotti nos ‘quartos’.
A vitória por 3-1 em casa do Chelsea, novamente com três tentos do francês, parecia lançar o Real Madrid para a fase seguinte, mas os ingleses responderam na capital espanhola e chegaram ao 3-0 que lhes dava a qualificação, não fosse o brasileiro Rodrygo reduzir e obrigar ao prolongamento, durante o qual Benzema assegurou a passagem dos madridistas.
Como não há duas sem três, a meia-final diante do Manchester City também foi pródiga em suspense: os ingleses venceram em casa por 4-3 e estiveram quase a repetir a presença na decisão quando Mahrez dilatou a vantagem na eliminatória, em Madrid. Contudo, Rodrygo anulou essa vantagem, com golos aos 90 e 90+1 minutos, e Benzema – mais uma vez – confirmou a passagem no prolongamento.
Mais tranquilo foi o percurso do Liverpool, de Diogo Jota, que fez uma fase de grupos imaculada, com seis vitórias no mesmo número de jogos, perante FC Porto, Atlético de Madrid e AC Milan, antes de eliminar o Inter Milão nos oitavos de final, com um triunfo por 2-0 em Itália e um desaire por 0-1 em casa.
Seguiu-se o Benfica nos quartos de final, com a formação comandada por Jurgen Klopp praticamente a consumar a qualificação no Estádio da Luz (vitória por 3-1), antes de empatar 3-3 em Anfield Road, um ‘relaxamento’ idêntico ao que se verificou nas meias-finais e que, nesse caso, poderia ter tido consequências nefastas para a equipa inglesa.
Depois do 2-0 alcançado em Inglaterra, os ‘reds’ viram o Villarreal empatar a eliminatória no ‘El Madrigal’, mas Fabinho, Luis Diaz e Sadio Mané deram expressão à reação avassaladora do Liverpool, que venceu por 3-2 e apurou-se para a final, um ano depois de ter caído nos quartos de final da prova ‘milionária’, aos pés do Real Madrid.
A final da Liga dos Campeões, que vai consagrar o sucessor do Chelsea, está agendada para sábado, às 20:00 (hora de Lisboa), no Stade de France, com arbitragem do francês Clément Turpin.
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