O FC Porto ficou inserido na sua 22.ª presença na fase de grupos da Liga dos Campeões em futebol numa ‘poule’ G em que não será grande surpresa uma classificação ou a mesma de ‘pernas para o ar’.
Os campeões franceses do Mónaco, de Leonardo Jardim, Moutinho e Rony Lopes, serão mais fortes do que os turcos do Besiktas, de Pepe e Quaresma, e estes terão menos qualidade do que FC Porto, que é bem mais experientes nestas lides que o Leipzig, de Bruma.
Ainda assim, o que se espera é grande equilíbrio, com todas as formações a parecerem capazes de conseguir o apuramento, nomeadamente os ‘dragões, que procuram o 13.º apuramento para a fase a eliminar.
Sem hipóteses de ir ao mercado, face aos problemas com o ‘fair-play’ financeiro, o FC Porto não pôde fazer contratações e teve de recorrer aos emprestados, solução de recurso que parece estar a resultar.
Os regressados Ricardo Pereira, Aboubakar e Marega têm estado em grande plano, com o lateral direito a ‘encostar’ Maxi e os dois pontas de lança a fazerem esquecer André Silva, vendido ao AC Milan por quase 40 milhões de euros.
O FC Porto, que também venceu Ruben Neves, jogador que não era um dos indiscutíveis do ‘onze’, arrecadou milhões sem ‘tocar’ na equipa base e voltou com nova alma, que terá algo a ver com o jovem técnico Sérgio Conceição, a escolha ‘possível’ para substituir Nuno Espírito Santo.
O ex-jogador dos portistas está a conseguir mais e os ‘azuis e brancos’ parecem prontos para uma boa campanha na ‘Champions’, prova em que não terão, porém, facilidades.
Mesmo tendo perdido uma série de grandes ‘estrelas’, como Mbappé, Bernardo Silva, Mendy e Bakayoko, o Mónaco tem mostrado que continua a grande nível.
O ‘renascido’ avançado colombiano e ex-portista Radamel Falcao tem sido a grande figura dos monegascos, num coletivo muito forte, alicerçado na categoria de outros jogadores que permaneceram, como Lemar, Sidibé, Fabinho ou Moutinho.
O Mónaco, que na época passada chegou às meias-finais, caindo perante a Juventus, será o principal favorito, com o FC Porto a ser o outro mais forte candidato à qualificação, mas com margem muito reduzida.
O Leipzig, um dos conjuntos europeus patrocinados pela Red Bull, surge como estreante, mas muito especial, pois é o atual vice-campeão alemão, depois de uma sensacional temporada 2016/17, em que conseguiu dar luta ao Bayern Munique.
Em relação à época transata, o clube sediado numa das maiores cidades da ex-RDA não fez grandes alterações, mantendo as grandes figuras, como Marcel Sabiter, Nay Keita, contratado pelo Liverpool para 2018/19, Emil Forsberg e Timo Werner.
Entre os reforços ao serviço do austríaco Ralph Hasenhüttl, destaque para o português Bruma e o médio esloveno Kevin Kampl, contrato ao Bayer Leverkusen por 20 milhões de euros.
Quanto ao Besiktas, que o Benfica encontrou na última fase de grupos – empates 1-1 na Luz e 3-3 em Istambul -, destaque para a presença de Ricardo Quaresma e Pepe (ex-Real Madrid), e do brasileiro Talisca, emprestado pelos ‘encarnados’.
O técnico Senol Günes perdeu, entre outros, Aboubakar e Marcelo, mas segurou todas as outras referências e adicionou reforços credenciados, como Negredo, Medel ou Lens.
Os ‘dragões’ arrancam em casa frente aos turcos (13 de setembro), deslocam-se depois ao Mónaco (26) e a Leipzig (17 de outubro), para receberem os alemães na quarta ronda (01 de novembro). Segue-se a visita a Istambul (21) e a receção aos gauleses (06 de dezembro).
Comentários