A deslocação do Paris Saint-Germain ao reduto do FC Barcelona é o jogo ‘grande’ da semana inicial da primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões em futebol, muito pautados pela covid-19.

Após ter afastado os adeptos dos estádios, e muitos jogadores dos jogos das suas equipas, a pandemia ‘obrigou’ agora à mudança do palco dos embates envolvendo equipas inglesas, que serão todos disputados em campo neutro.

Este não é o caso do confronto entre ‘Barça’ e PSG, que evoca o histórico ‘duelo’ dos ‘oitavos’ de 2016/17: os franceses ganharam por 4-0 em casa, com um ‘bis’ de Di Maria, e os catalães responderam com um 6-1 em Nou Camp, com dois golos de Neymar e Sergi Roberto a decidir a eliminatória, aos 90+5 minutos.

O ex-benfiquista e o internacional brasileiro são agora pesadas ausências nos franceses, que, ainda assim, continuam com muitas armas, nomeadamente Kylian Mbappé, num coletivo forte, comandado pelo argentino Mauricio Pochettino.

Pela frente, os parisienses vão ter o pior FC Barcelona da há muito, depois de ‘despachar’ Suárez, Rakitic ou Vidal, e perder por lesão logo no início da época Piqué, o esteio defensivo, e Fati. Messi está bem, em boa foram, mas cada vez mais ‘sozinho’.

Melhor marcador de sempre nos ‘oitavos’, com 27 golos, em 30 jogos - Cristiano Ronaldo soma 25, em 32 -, o argentino é a grande esperança de um conjunto que, de resto, só se pode fiar em Ter Stegen, Alba, De Jong ou no ‘menino’ Pedri. E esperar um bom dia de Griezmann e Dembélé e que a defesa não comprometa muito.

O PSG parte, assim, como favorito, mais do que o Liverpool, no embate com o Leipzig, que devia começar a ser disputado na Alemanha, mas foi transferido para Budapeste, culpa da covid-19.

Os ‘reds’, que conquistaram a época passada o título inglês, 30 anos depois, estão a realizar uma temporada muito aquém do esperado, algo que não pode ser dissociado da perda de Van Dijk, o grande líder da defesa do ‘onze’ de Jürgen Klopp, que também não tem tido Joe Gomez, Joel Matip e o português Diogo Jota.

Mesmo assim, o Liverpool tem um ‘onze’ de qualidade, no qual se continuar a destacar o seu temível trio atacante, com Salah, Mané e Firmino.

O Leipzig, que na época passada chegou às meias-finais, também tem uma equipa de qualidade, mais do que pelas individualidades, pelo coletivo, liderado pelo jovem Julian Nagelsmann, de 33 anos.

O conjunto germânico não está a realizar uma época sensacional, mas tem feito um trajeto interessante, seguindo no melhor lugar ‘possível’ da Bundesliga, o segundo, atrás do inacessível Bayern.

Na quarta-feira, a Juventus, de Cristiano Ronaldo, desloca-se a Portugal, para defrontar o FC Porto, que chega ao jogo envolto em ‘mil’ polémicas e maus resultados internos, mas que não ‘apagaram’ um excelente trajeto na fase de grupos.

Os ‘dragões’ venceram quatro jogos, com Olympiacos e Marselha, e empataram a zero na receção ao Manchester City, com o qual sofreram o único desaire, por 3-1, logo na primeira jornada da fase de grupos. Não sofreram golos nos últimos cinco jogos.

Sem estarem em ‘grande’, os campeões transalpinos são, porém, favoritos, já que são um conjunto experiente, sempre difícil de bater, pela forma ‘cínica’ como jogam, e que, para ‘grandes males’, têm sempre Ronaldo e os seus ‘intermináveis’ golos.

O outro confronto está marcado para Sevilha, onde a formação de Julen Lopetegui, que ‘estranhamente’ não está a disputar a ‘sua’ Liga Europa, recebe o Borussia Dortmund, num duelo que tanto pode cair para um lado como para o outro.

Ainda assim, a formação em que alinha o português Raphaël Guerreiro parte na ‘frente’, quanto mais não seja pela presença do jovem avançado norueguês Erling Haaland, de 20 anos, autor de 16 golos – seis em 2020/21 - em 12 jogos na ‘Champions’.

A primeira mão dos ‘oitavos’ prossegue uma semana depois, em 23 de fevereiro, com o Atlético de Madrid e o Chelsea a defrontarem-se em Bucareste e a Lazio a receber o Bayern, e em 24, com o Atalanta-Real Madrid, em Bérgamo, e o Borussia Mönchengladbach-Manchester City, em Budapeste.