A Alemanha é território inimigo para o Benfica. Reza a história que os encarnados já jogaram 18 vezes em solo germânico e nunca saíram de lá com uma vitória. Esta noite, em Gelsenkirchen, a primeira parte do campeão nacional frente ao Schalke 04 até mostra uma equipa mais perto de quebrar a ‘maldição’. Contudo, a formação de Jorge Jesus precisa de ser mais eficaz para poder sorrir no final do 19º capítulo desta história.

O Benfica entrou bem no jogo, demonstrando personalidade, confiança e vontade de vencer para começar a deixar as contas do apuramento da Champions bem encaminhadas, como Jorge Jesus afiançou na véspera. 

Prova disso são as oportunidades de golo não concretizadas logo aos 3 e aos 7 minutos, por Cardozo e Luisão. Curiosamente, o Schalke 04 responde logo com um golo, mas o lance é bem anulado por fora-de-jogo de Matip.

Sem acusar o susto, o Benfica mantém a hegemonia inicial e vê Saviola falhar aos 14’ uma ocasião soberana. Maxi faz um lançamento lateral longo, Luisão desvia ao primeiro poste e o argentino, na sombra da defesa alemã, não aproveita a oportunidade.

Com fraca organização e pouco esclarecidos, os alemães voltam a assustar com novo golo e novamente anulado. Desta feita por fora-de-jogo a Farfán. Este lance acabou por despertar a formação de Felix Magath, que impôs um ‘pressing’ mais intenso e fez o Benfica recuar um pouco no terreno e na sua ambição, adoptando uma postura mais calculista, sobretudo pelo contra-ataque ou em transições ofensivas rápidas.

Aos 41’, surge o momento de maior perigo na área encarnada. O ataque alemão desenha uma bela jogada, culminada com um remate ao poste de Raul. Na recarga, Rakitic atira para uma grande defesa de Roberto.

Assim, o nulo resistiu até ao intervalo, mas Jorge Jesus terá de pedir mais aos seus jogadores para quebrar a maldição na Alemanha.