O Real Madrid venceu este sábado o Atlético Madrid por 4-1, numa final da Liga dos Campeões que teve de ser decidida já no prolongamento depois do empate a 1-1 no tempo regulamentar.
Diego Godín abriu o marcador na primeira parte, mas Sérgio Ramos impediu que os rivais de Madrid celebrassem a dois minutos do apito final. No prolongamento, Di María deu a Bale a possibilidade de construir a remontada e já com o Atlético de rastos, Marcelo e Cristiano Ronaldo fixaram o resultado final.
Emoções à flor da pele nas bancadas da Luz para assistir à primeira final da Liga dos Campeões entre dois emblemas da mesma cidade. Real Madrid e Atlético Madrid apresentaram-se em Lisboa com algumas surpresas, desde logo com a inclusão de Diego Costa do lado colchonero e de Benzema nos “blancos. O turco Ardan Turan não recuperou a tempo do apito inicial e nem na ficha de jogo constou.
E foi num estádio da Luz completamento lotado que o Real Madrid deu o pontapé inicial. As coreografias de ambos os lados davam o toque ibérico de um dérbi madrileno, e as vozes carregava uma paixão cheia de sotaque castelhano.
O Atlético Madrid apresentou-se muito compacto, com os blocos muito juntos e não permitindo linhas de ruptura à formação comandada por Carlo Ancelotti. Aos 9 minutos, surge a primeira contrariedade para a equipa do Atlético Madrid com Diego Costa a ter de ser substituído por Adrián.
Numa primeira parte sem grandes lances dignos de registo, foi o Atlético Madrid a abrir o marcador num lance em que Casillas teve algumas responsabilidades. Na sequência de um canto para o Atlético Madrid, Diego Godín aproveitou uma saída em falso de Iker Casillas para, de cabeça, fazer o 1-0.
Até ao final do primeiro tempo, o Real Madrid não soube reagir à desvantagem no marcador. Cristiano Ronaldo esteve muito apagado na primeira parte, e só num livre direto surgiu como protagonista. O jogo foi para intervalo com o Real Madrid em vantagem na posse de bola (57% - 43%), mas com o Atlético Madrid na frente do marcador.
No segundo tempo, foi o Atlético a seguir com a bola, e com a iniciativa de jogo. A formação comandada por Diego Simeone entrou a fazer mais pressão, assumindo uma postura mais ativa perante um Real Madrid estranhamente apático, dada a qualidade dos seus jogadores.
A superioridade do Atlético Madrid esteve perto de ser materializada aos 56 minutos quando Adrián rematou com muito perigo à baliza de Casillas, mas a bola acabou por sofrer um desvio saindo depois para fora.
O Real Madrid precisava de alterar o rumo dos acontecimentos e Carlo Ancelotti operou duas substituições com a entrada de Marcelo e Isco. A formação meregue melhorou substancialmente com as entradas e começou a criar mais perigo. Aos 77 minutos, Bale teve mais uma oportunidade para fazer a diferença, mas acabou por se deslumbrar com a proximidade da baliza de Courtois e rematar para fora.
O tempo começava a esgotar-se, e nas bancadas os adeptos do Atlético Madrid começavam a gritar por Luis Aragonés. A festa colchonera foi intensificando-se à medida que o Real Madrid não conseguia objetividade na sua frente de ataque. Os homens de Diego Simeone foram aguentando estoicamente a pressão obsessiva do Real Madrid pelo empate, e com grande personalidade foram afastando a circulação de bola para longe da baliza de Thibaut Courtois.
No entanto, a dois minutos do fim dos descontos, o Real Madrid conseguiu levar a final da Liga dos Campeões para prolongamento na sequência de um pontapé de canto. Num lance dramático para a equipa de Diego Simeone, Sergio Ramos conseguiu surgir no coração da área para fazer o empate de cabeça.
O jogo teve de ser decidido no prolongamento depois de um volte face digno de um dérbi de Madrid. O Atlético Madrid foi melhor equipa ao longo do tempo regulamentar, mas o golo de Sérgio Ramos acabou por dar outra alma ao Real Madrid que entrou muito mais determinado no prolongamento.
No prolongamento ambas equipas acusaram o desgaste físico e foram poucas as ocasiões de golo. Depois de ter estado a perder até aos descontos, o Real Madrid ganhou uma nova dinâmica e tentou dar a volta ao marcador antes do segundo tempo do prolongamento. No entanto, o jogo acabaria por ser decidido na segunda parte do prolongamento numa jogada de génio de Di María no lado direito que acabou por ser completada por Gareth Bale a surgir na hora certa para finalizar para o 2-1. Já com o Atlético Madrid de rastos, Marcelo e Cristiano Ronaldo fecharam a contagem com o internacional português a selar resultado final em 4-1 de grande penalidade.
Com este resultado, o Real Madrid conquistou a tão desejada décima Liga dos Campeões depois de um jogo em que o Atlético Madrid esteve perto de fazer história. Esta época, a equipa de Carlo Ancelotti conquistou a Taça do Rei e a Liga dos Campeões.
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