O Real Madrid venceu o Liverpool por 1-0 na final da Champions disputada, este sábado, em Saint Denis e conquistou a 14.ª 'orelhuda' da sua história. Vínicius marcou o único golo da partida.
Quem diria, quem diria, que o Real Madrid depois de ter sido derrotado na fase de grupos pelo modesto Sheriff iria ganhar a competição pela 14.ª vez na sua história. Numa partida, ainda por cima, em que era talvez o 'underdog' frente à armada de Jurgen Klopp.
Era o momento do tira teimas, para Real Madrid e Liverpool. Já por duas vezes se tinham encontrado na final, com uma vitória para cada lado. Era mesmo a primeira vez que as duas equipas se encontravam pela terceira vez na final da competição mais importante a nível de clubes. Terceira vez também do estádio Saint Denis a receber a final da Champions.
Stade de France engalanado para receber a mais importante +prova de clubes do ano. E foram os muitos os que até tentaram furar a segurança para verem o jogo, mesmo sem bilhete.
A final da Champions acabou por se iniciar com um atraso de 36 minutos. Camila Cabello abriu a contenda com a cerimónia de abertura, numa atuação colorida e cheia de música. Depois era tempo dos holofotes serem colocados sobre os interpretes.
De uma lado talvez a equipa com maior intensidade do mundo, frente a um calculista Real Madrid liderado por Carlo Ancelotti. No escalamento dos onzes, todos sabem certamente dizer os nomes jogadores das duas equipas. Liverpool e Real no 4-3-3 habitual. Do lado dos 'reds', Luís Díaz foi titular e o português Diogo Jota iniciou a partida a partir do banco.
Rotativo, pressionante, é este o ADN da equipa de Klopp. Com muita posse, um jogo físico, rotativo, que não deixa o adversário respirar.
Salah foi o primeiro a criar perigo, num remate em queda depois de um passe de Arnold, parou Courtois o esférico. Na resposta, Tiago Alcântara atirou à figura do possivelmente melhor guarda-redes do mundo. O egípcio voltou a criar perigo, ao minuto 17, com Courtois a parar a jogada.
O Liverpool respeitava a sua natureza, deixando o adversário desconfortável, com o Real Madrid a funcionar como um 'chamariz', para atrair os atacantes dos reds, para depois tentar soltar os jogadores na frente.
A equipa inglesa cheirou pela primeira vez o golo, numa grande jogada de Mané. Trocou as voltas a dois adversários, antes de atirar para a defesa de Cortois. O guardião do Real Madrid ainda tocou na bola e desviou-a para o poste.
Lá atrás, os merengues demonstravam muitas dificuldades em sair do último terço. O Liverpool mais acutilante e ao minuto 35´ já tinha disparado por cinco vezes à baliza, com o Real, paciente, pouco preocupado em atirar à baliza de Alisson Becker.
Os merengues quiserem ir pela certa, tal como fizeram na eliminatória frente ao City, que valeu o bilhete para a final. Foi assim que a equipa espanhol colocou a bola na baliza, numa lance muito confuso com a bola a sobrar para Benzema que atirou para o fundo das redes. O lance foi revisto pelo VAR, e o golo anulado para o Real Madrid.
Foi assim que o jogo para intervalo. O início da segunda parte, começou com a mesma toada, com a agressividade da posse dos 'reds', mas com o Real a querer fazer algo mais no ataque.
E foi assim que o Real chegou ao golo. Casemiro lançou Valverde na direita, cruzamento do uruguaio e Vinícius ao segundo poste a fuzilar com o pé direito para o fundo da baliza.
Klopp normalmente não demora a reagir, e mexeu quase de rompante com a entrada de Diogo Jota e a saída de Luís Díaz. Antes, Salah tinha ensaiado a jogada típica, numa diagonal, seguido de remate para a defesa de Courtois.
A partir daí iniciou-se o espetáculo Courtois. O guardião do Real negou o golo a Diogo Jota, depois de uma grande combinação de Salah e Firmino que acabou com o desvio do internacional português. Klopp arriscava e metia mais peças na frente, com as entradas de Firmino e Keita, para as saídas de Thiago Alcântara e Henderson.
Courtois trabalhou para merecer uma estátua no Bernabéu e voltou a brilhar. Salah outra vez a rematar de forma espectacular, com o gigante belga a defender para canto.
Era o tudo por tudo dos reds. Na frente, esticado, mas com o risco de morrer na praia, caso o Real Madrid ensaiasse um contra-ataque vitorioso. Do outro lado, Alisson também se mostrou, a sair aos pés de Vinícius depois de uma transição venenosa do Real Madrid.
No final, que dizer das estatísticas: 50% de posse para cada lado, 23 remates para o Liverpool, contra três do Real. Só por uma vez os merengues atiraram à baliza e logo para fazer golo. Mas o futebol é assim, ganha quem é mais certeiro e é esta a justiça do futebol.
Onze do Real Madrid: Courtois; Carvajal, Militao, Alaba, Mendy; Modric, Casemiro, Kroos; Valverde, Benzema e Vinicius Jr.
Onze do Liverpool: Alisson, Alexander-Arnold, Konaté, Van Dijk, Robertson, Fabinho, Thiago, Henderson, Luis Díaz , Mané e Salah.
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