Caíram na internet alguns supostos relatórios de observação de adversários feitos pela equipa técnica de José Mourinho na época 2006/2007. Na altura o técnico português orientava o Chelsea e tinha como adjunto André Villas-Boas, um dos responsáveis pela observação dos adversários.
Num desses relatórios que forma divulgados esta segunda-feira, Villas-Boas analisa tudo sobre o FC Porto de 2006/2007, orientado na altura por Jesualdo Ferreira. Nos dois jogos entre ambos, os 'blues' venceram em Stamford Bridge por 2-1 e empataram 1-1 no Dragão.
No relatório supostamente feito pelo homem que viria a ocupar o cargo de treinador do FC Porto (sentou na sua 'cadeira de sonho' na época 2010/2011), é dado especial atenção às bolas paradas do FC Porto, assim como a movimentação dos jogadores azuis-e-brancos. Villas-Boas pede que o Chelsea esteja preparado para as seguintes movimentações:
Livres e cantos e lançamentos laterais ofensivos
"Posições especiais/movimentos na área: o Lucho está sempre no limite da grande área. A partir daí decide se entra (6.º homem dentro da área) ou se assume a posição. O Lisandro e o Postiga movem-se livremente. Simulam uma posição e vão para outra.
Os livres laterais são marcados pelo Quaresma. Cruza ou remata à baliza. Preciso!!! Dentro da área há cinco jogadores mais o Lucho. O Pepe é o mais perigoso. Força. Ataca as bolas altas. Têm bons marcadores de livres. Lucho e Quaresma marcam por cima da barreira, ambos conseguem colocar a bola longe ou perto do guarda-redes. O Bruno Alves marca os livres mais distantes, com mais força. Têm sempre um homem na barreira para empurrar ou receber a bola numa posição diferente.
Os cantos são marcados pelo Quaresma. Qualidade nos cruzamentos. Pode marcar canto curto para um jogador fora da área e depois ir para o um-contra-um. Na área colocam cinco jogadores para atacar a bola. O Lucho decide se entra (6.º homem dentro da área) ou se fica para as segundas bolas (cuidado para as segundas bolas que lhe caem aos pés). O Postiga posiciona-se junto ao guarda-redes ou livremente.
Lançamentos longos só se o Fucile estiver a jogar. Caso contrário a bola é jogada de forma curta para os pés dos alas para para um espaço livre. Quaresma dentro para rematar.
Cantos e livres defensivos
Nos livres laterais colocam o Quaresma na barreira, o Meireles fora da área, o Bosingwa e o Postiga no espaço entre a barreira e a baliza. Todos os outros marcam homem vs homem (não de forma zonal).
Nos livres frontais eles formam uma barreira com cinco homens, mais um para parar combinações. Todos saltam, mas pode depender da forma como o livre é marcado. Não deixam ninguém à frente. Todos os outros marcam homem vs homem.
Defesa à zona nos cantos. Colocam o Lisandro num poste e quatro jogadores em linha (Bosingwa, Bruno alves, Lucho e Postiga). Numa linha mais afastada põem dois jogadores (Pepe e Assunção) que podem marcar homem vs homem mediante as instruções recebidas. Deixam dois fora da área e o Quaresma liberto do lado onde é marcado o canto (se a bola lhe chegar aos pés ele imediatamente corre com ela e abre caminho)".
Ainda no relatório supostamente elaborado por Villas-Boas, o técnico chama a atenção para outros pormenores, como o comportamento de alguns jogadores em campo, as opções no banco (Villas-Boas escreveu que Ibson era melhor que Raul Meireles na intensidade e visão de jogo). Outro dado que André Villas-Boas destacou foi o inversão do triângulo do meio-campo quando a equipa de Jesualdo precisava de atacar mais, ficando com um médio ofensivo nas costas do ponta-de-lança (Lisandro ou Bruno Moraes).
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