Num empate ninguém ganha, mas, esta terça-feira, diante do Bayer Leverkusen, o Benfica conseguiu ganhar uma confiança reforçada em alguns elementos da segunda linha do plantel. O 0-0 final não reflete a garra da formação encarnada, que ontem se despediu da Liga dos Campeões com apenas cinco pontos em seis jogos.
Porém, para o 'tribunal da Luz', houve jogadores que conquistaram o direito a merecer mais minutos nas opções de Jorge Jesus. Apostando num onze onde apenas André Almeida e Lima são opções habituais, o técnico acabou por ver Lisandro Lopez, Derley e, sobretudo, Pizzi responderem bem à oportunidade.
No Estádio da Luz estiveram pouco mais de 17 mil pessoas, mas os aplausos no final valorizaram mais a postura aguerrida e ambiciosa das 'reservas' do que o resultado infeliz para a prestação no desafio da sexta e última ronda. Foi a pior assistência da temporada, mas esteve longe de ser a pior exibição da equipa. Com efeito, o facto de o jogo nada decidir nas contas encarnadas do grupo C e o frio ditaram a ausência dos adeptos.
Apesar das muitas mexidas, o Benfica entrou bem na partida e rapidamente empurrou os alemães para a sua área. Graças a uma boa capacidade de pressão, dinâmica ofensiva e uma certa apatia do Bayer, os encarnados conseguiram impor a sua hegemonia à qual só faltava a eficácia no ataque. Lima, um dos habituais titulares, foi o rosto do desperdício, somando golos falhados em catadupa.
O Benfica podia ter chegado ao intervalo com uma vantagem tranquila que fizesse justiça à atuação positiva dos jogadores no primeiro tempo, como salientou posteriormente Jorge Jesus na conferência de imprensa.
No segundo tempo, o Bayer reapareceu mais desperto e audaz, equilibrando o encontro e virando durante largos momentos a hegemonia encarnada a um estado de submissão. Restava o contra-ataque ou um esforço para segurar o meio-campo. Jorge Jesus optou pela segunda via e lançou Talisca para o lugar de Lima e Nélson Oliveira para o lugar de Derley.
O Benfica soube crescer novamente no jogo com o Bayer e acabou a partida em cima do adversário. João Teixeira ainda foi a tempo de fazer a sua estreia na Liga dos Campeões, mas os campeões nacionais não conseguiram mudar o resultado. Todavia, há a realçar as boas entradas dos dois jovens portugueses em campo, mostrando vontade e bons pormenores a Jorge Jesus.
A boa vontade dos jovens e dos habituais suplentes não chegou para somar uma vitória no adeus à Champions, mas ajudou a 'limpar a imagem' do clube numa participação dececionante do Benfica, que foi mesmo pior dos encarnados em 10 presenças na fase de grupos da 'liga milionária'.
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