Depois da derrota por 2-0 na primeira mão, o FC Porto volta a defrontar o Chelsea esta terça-feira, em Sevilha, com o objetivo de garantir uma vaga nas meias-finais da Liga dos Campeões. Na antevisão à partida, Sérgio Conceição diz manter a esperança na qualificação e promete equipa "pronta para ir à luta".
Eliminatória com a Juventus pode servir de inspiração? "Há muitos momentos na época e nos anos em que estamos aqui que podem ser exemplos de superação e de acreditar. Essa crença advém do trabalho que é feito aqui e da capacidade que os jogadores têm de interpretar aquilo que queremos para o jogo. Estamos confiantes. Sabemos que vamos ter pela frente um obstáculo difícil, mas estamos aqui para dar a resposta que temos que dar. Nos jogos que fizemos esta temporada fizemos sempre 90 minutos à FC Porto, exceto quando somos contrariados por equipas melhores. O sentimento de representar este clube histórico e o seu ADN é sempre metido em campo, uma vezes com mais qualidade ou capacidade, outras vezes menos. Temos momentos melhores e menos bons, mas isso faz parte da vida."
Equipa olhou para a derrota do Chelsea com o West Brom? "Vi os golos e jogo mas não mostrámos nem falámos disso aos jogadores. Preparámo-nos com o que temos de fazer, a estratégia para o jogo. Não vamos buscar um jogo isolado só porque o Chelsea perdeu, isso não é uma referência para nós."
Sérgio Oliveira: "Vamos ver até amanhã, no último jogo achei por bem que não estava pronto para os 90 minutos, foi um problema muscular, é sempre perigoso, estamos num momento importante da época. Temos a Champions e o campeonato para disputar, teremos jogos muito exigentes pela frente. Temos de ponderar bem a situação e ver qual é o melhor 11 para defrontar o Chelsea. Nestes jogos ir com muita sede ao pote pode ser prejudicial, é preciso fazer golo mas também é preciso não sofrer."
O que é preciso fazer para reabrir a eliminatória? "Fazer um golo. E ser equilibrados nos diferentes momentos do jogo. Sem entrar em muita ansiedade porque aí vamos deixar de nos focar no trabalho e mais no resultado final. É importante não entrar com o resultado final na cabeça."
Apoio do adeptos no Olival: "Não é só por jogarmos com o Chelsea que damos tudo em campo. Temos tido capacidade de acreditar, de ser resilientes, de perceber que todas as dificuldades que possamos ter pela frente podem ser ultrapassadas com espírito forte. É o que sinto e foi assim que conseguimos nos ultimos quatro anos ganhar títulos. Na Europa claro que há equipas mais bem apetrechadas, há jogadores que, sozinhos custaram mais do que o valor que o FC Porto gastou no mercado... Mas há duas situações que não ganham jogos: orçamentos e estatísticas. Com o Chelsea estatisticamente goleámos, mas perdemos por 2-0. O apoio dos adeptos está sempre presente, eles estão sempre connosco porque sentem o clube de forma muito apaixonada. A tarja é normal, é o que tem caracterizado o FC Porto os últimos quatro anos."
Significado de passar às meias-finais: "Significa fazermos melhor. Cada vez se nota mais este fosso que existe entre os cinco grandes campeonatos em termos de financeiros e os restantes, pelo que é ainda mais de realçar todo o trajeto que esta equipa tem feito na Liga dos Campeões. Queremos ganhar e não podemos apagar o que temos feito na Champions, estamos em Portugal, gastamos o que gastamos, é uma diferença inacreditável em relação aos outros. Mas não é o dinheiro que ganha jogos nem a estatística. Estamos aqui prontos para ir à luta e para dar luta."
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