O Villarreal, que surpreendeu a Juventus em Itália, e o Chelsea, que ganhou segunda vez ao Lille, completaram hoje o grupo de equipas apuradas para os quartos de final da Liga dos Campeões de futebol.

À espera do sorteio de sexta-feira dos 'quartos' estão ainda Manchester City, Bayern de Munique, Real Madrid, Liverpool, Atlético de Madrid e Benfica, que é o único clube fora dos cinco campeonatos 'grandes' a chegar a esta fase da competição.

A vitória do Chelsea por 2-1 em Villeneuve d'Asq nem surpreende muito, com o campeão europeu aparentemente a não se deixar 'contaminar' pelo que se passa fora das quatro linhas, nomeadamente as sanções ao seu ex-proprietário, o russo Roman Abramovich.

Mas a estrondosa derrota em Turim da Juventus, por claros 3-0, decididamente não entrava nas previsões de muita gente, até porque o Villarreal não é uma equipa de topo em Espanha, apesar de ser o detentor da Liga Europa, o que lhe valeu o 'bilhete' para a 'Champions'.

O 'submarino amarelo', de Unai Emery, partilha com o Benfica o estatuto de equipa surpresa no grupo dos oito últimos, a que chega com mérito, sobretudo graças a uma excelente segunda parte, em que marcou por três vezes no último quarto de hora.

Entrado em jogo aos 74, o espanhol Gerard Moreno fez o primeiro, aos 78 minutos, de grande penalidade. Outro espanhol, Pau Torres, ampliou, aos 85, e, com o relógio a assinalar 90+2, o holadês Arnaut Groenevelt fez o terceiro do Villareal, igualmente de penálti.

Depois do 1-1 em Espanha, que parecia deixar a eliminatória encaminhada, a Juventus 'caiu com estrondo' no seu próprio estádio.

Começou com vontade de ganhar a 'velha senhora', com o sérvio Dusan Vlahovic a enviar ao poste, aos 21 minutos. Teve ainda mais uma 'mão cheia' de ocasiões até ao 'fatídico' minuto 76, em que o jogo virou por completo a favor dos espanhóis.

Francis Coquelin sofreu um 'toque' de Matthijs De Ligt, não muito evidente, mas o árbitro foi ver a imagem ao VAR e assinalou mesmo o penálti que deu golo.

Aos 85, tudo se complicou. Na sequência de um canto cobrado por Serge Aurier, Pau Torres 'encostou o pé' sem oposição.

Segundo penálti já nos descontos, também com ida ao VAR, agora por mão de De Ligt - uma noite azarada - e com cobrança de Groenevelt.

Mesmo com mais posse de bola, a 'Juve' nunca conseguiu ser melhor do que o Villarreal, sobretudo a partir da entrada em jogo de Gerard Moreno, que acabou por resolver a eliminatória.

No norte de França, o Lille encarou o jogo com o máximo de responsabilidade e chegou ao 1-0, mas acabou por sair vergado por 2-1, com alguma 'lógica', pelo campeão europeu e terceiro posicionado na Liga inglesa.

Sem Renato Sanches na equipa, ausente por lesão, o Lille alinhou com um trio de portugueses, constituído por Xeka, Tiago Djaló e o capitão José Fonte.

Vindo de uma derrota por 2-0, não era fácil a missão do Lille, que assumiu uma atitude combativa, balanceado para o ataque, o que foi premiado com uma grande penalidade, assinalada aos 38 minutos.

Regressado à titularidade, Burak Yilmaz cobrou bem o castigo, que punia uma mão de Jorginho na área, pressionado por Xeka. Não foi evidente e também aqui foi necessário recorrer ao VAR.

O 'sonho' do Lille durou pouco e, aos 45+3, chegou o empate, com o norte-americano Christian Pulisic a 'faturar' com um eficiente remate cruzado.

Xeka poderia ter relançado o jogo, e a eliminatória, aos 63 minutos, mas a bola embateu no poste.

Aos 71 minutos, o Chelsea chegou à vantagem, com o espanhol Azpilicueta a marcar com o joelho, finalizando uma jogada gizada por Mason Mount.

Até ao final, os 'azuis' geriram bem o resultado, que lhes permite prosseguir na defesa do título.