Com Ricardo Carvalho e Quaresma nos bancos de Chelsea e Inter, o jogo iniciou-se sem portugueses em campo, mas com a presença marcante de José Mourinho, no regresso do Special One a Londres. O técnico português foi muito aplaudido e os adeptos dos blues deram as boas-vindas a um treinador que deu seis títulos ao clube em três anos.

E se as expectativas eram elevadas, a primeira parte revelou-se... uma decepção. Nervos, calculismo e muito pouco futebol foram o filme de 45 minutos sem brilho.

Com a obrigação de marcar para dar a volta à eliminatória, o Chelsea teve ainda assim uma nota superior aos nerazzurri e esteve mais perto do golo. Aos 11', 25' e 42', Ballack, Drogba e Anelka estiveram perto de inaugurar o marcador.

Por outro lado, o Inter apostou num futebol de maior contenção, com Thiago Motta e Cambiasso a revelarem-se decisivos para o equilíbrio defensivo. Milito e Eto'o tentam colocar a defesa do Chelsea em sentido, mas ainda sem grande sucesso.

Contudo, a segunda parte foi completamente diferente, fruto de um Inter renascido das cinzas. A atravessar a pior fase da época - apenas uma vitória nos últimos seis jogos da Série A -, os nerazzurri regressaram do intervalo completamente transfigurados.

A saída de Ballack para a entrada de Joe Cole, aos 61 minutos, contribuiu para a queda do Chelsea na partida, pois a formação italiana tomou conta do meio-campo e passou a ditar os ritmos do jogo. Cambiasso, Thiago Motta e Sneijder eram senhores do jogo e foi o criativo holandês a abrir as portas dos 'quartos': um fabuloso passe a isolar Eto'o que diante do guardião Turnbull atirou forte para o golo.

O camaronês sentenciava assim o encontro aos 78 minutos, fechando igualmente a história de uma eliminatória que já pendia para os italianos, que esta noite foram sempre tacticamente superiores.

Antes do apito final, destaque ainda para a expulsão de Drogba por agressão a Thiago Motta nos instantes finais.

José Mourinho continua assim a alimentar o sonho do Inter de voltar a vencer a Liga dos Campeões.