O presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal considerou hoje que receber a final da Liga dos Campeões de futebol no Porto terá impacto direto economia, mas apela às autoridades para uma “vigilância ativa” nos ajuntamentos.
O Porto vai acolher pela primeira vez uma final de uma competição europeia de clubes, depois de a UEFA ter anunciado hoje que a decisão da Liga dos Campeões de futebol se vai realizar no Estádio do Dragão, no Porto, no dia 29 de maio.
“É uma excelente notícia para o Porto e para toda a região e também é uma excelente notícia para o país. Prova que Portugal continua a ter grande capacidade de atração de grandes eventos internacionais”, declarou à agência Lusa Luís Pedro Martins, “agradecendo muito”, em nome do Turismo do Porto e Norte (TPNP) à Federação Portuguesa de Futebol, à UEFA, mas também ao Governo, o terem “conquistado para o Porto e Norte” o evento da Liga dos Campeões.
O presidente da TPNP apelou contudo às autoridades policiais para que “façam uma vigilância ativa” dos milhares de turistas, não permitindo os “ajuntamentos e que, esses sim, colocam em perigo a transmissão do vírus da covid-19”.
Outra “boa notícia” é que vai ser permitido que os 12 mil adeptos entrem no Estádio do Dragão, considerou aquele responsável pelo setor turístico na região Norte de Portugal
“Em boa verdade, será melhor seis mil adeptos em cada uma das bancadas do Estádio do Dragão, do que as imagens que vimos há dois dias em Lisboa. Sou apologista de que se deixem entrar os adeptos no estádio”, afirmou.
Luís Pedro Martins acrescentou que a vinda de milhares de turistas ingleses para a região vai ajudar na retoma do setor turístico, que se encontra numa crise sem precedentes.
“Vai ter um impacto direto na economia, designadamente na papelaria, na restauração, na animação turística, no comércio, nos transportes. Isto em altura em que iniciamos a nossa retoma e junto de um mercado em grande crescimento no Porto e Norte, que crescia cerca de 20% entre 2018 e 2019 -, e era um mercado de aposta na região. Vem na altura ideal”, sustentou.
O Porto “foi escolhido para substituir Istambul, no seguimento das dificuldades intransponíveis de viagens dos adeptos ingleses, tendo em conta que a Turquia integra a ‘lista vermelha’ do Reino Unido”, referiu a UEFA para justificar a alteração do ‘palco’ da final da ‘Champions’, motivada pelos condicionalismos inerentes à pandemia de covid-19.
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