A UEFA vai analisar esta semana um projeto de reforma da Liga dos Campeões que prevê uma primeira fase sem grupos, mas com 10 jogos garantidos para cada clube, mais quatro do que os seis atuais, escreveu esta terça-feira o jornal britânico 'The Times'.

Batizada de 'sistema suíço', esta reforma, que entraria em vigor a partir de 2024, teria o objetivo de travar o projeto de criação de uma 'Superliga Europeia' promovida por vários grandes clubes europeus, indicou o jornal.

No novo formato, seria realizado um sorteio com cabeças de série, que daria a cada participante 10 jogos, cinco em casa e cinco fora, com nove rivais de diferentes níveis e os pontos somados serviriam para estabelecer uma classificação unificada com todas as equipas participantes.

No final desses 10 jogos, a prova entraria nos oitavos de final, mas ao contrário do formato atual, não haveria sorteio: o 1º defrontaria o 16º colocado, o 2º o 15º, e assim por diante. Os classificados entre a 17ª e 24ª posições disputariam a Liga Europa.

Esta fórmula teria a aprovação da Associação dos Clubes Europeus (ECA) e da Organização das Ligas Europeias, mas a UEFA vai apresentar oficialmente o projeto nas próximas duas semanas aos clubes europeus.

O vice-presidente da UEFA, o inglês David Gill, disse ao 'Times' na semana passada que o sistema de apuramento para este novo formato da Liga dos Campeões continuaria a baseada na classificação nos diferentes campeonatos nacionais, embora também se pudesse aprovar que os semifinalistas, ou mesmo os participantes dos quartos de final, de uma edição garantissem entrada automaticamente no ano seguinte.

Para Lars-Christer Olsson, presidente da Associação das Ligas Europeias essa fórmula é "muito mais realista" do que a proposta feita pelos grandes clubes em 2019 com uma primeira fase com quatro grupos com oito equipas cada (atualmente são oito grupos com quatro equipas) que levaria à disputa mínima de 14 partidas por equipa (ao invés das seis atuais).