Missão cumprida sem direito a prémio. Foi assim a noite do Benfica diante do PSG, que terminou com a vitória encarnada por 2-1 no jogo da sexta e última jornada do grupo C da Liga dos Campeões. Porém, a equipa portuguesa precisava de uma ajuda belga que nunca chegou, já que o Anderlecht não foi capaz de travar o Olympiacos e perdeu também por 3-1. Franceses e gregos seguem em frente, enquanto o Benfica "cai" para a Liga Europa.

Apesar deste fim, o início ainda foi diferente. Uma entrada positiva e determinada do Benfica vincou a crença da equipa de Jorge Jesus poder chegar aos oitavos de final da Champions. Mesmo que nem tudo passasse pelos seus pés. 

Com os olhos postos no PSG e os ouvidos no que se passava na Grécia, com o determinante Olympiacos-Anderlecht, os encarnados cedo ameaçaram a baliza parisiense. Porém, rapidamente se aperceberam também dos venenosos contra-ataques gauleses, liderados hoje por Cavani num conjunto onde "faltavam" Ibrahimovic, Thiago Silva, Verrati e Van der Wiel.

Ao Benfica pedia-se golos, mas Lima não tinha nem a companhia e nem a acutilância desejáveis. Sem serem sufocantes, os encarnados dominavam. O golo começava a pairar na Luz e Gaitán e Matic, aos 27' e 29', estiveram muito perto de festejar.

Só que quem tem um avançado do calibre de Cavani está sempre perto de marcar. O uruguaio adiantou o PSG aos 37' com um desvio oportuno e fez o 0-1 após uma falha coletiva da defesa encarnada.

Depois de uma nova ameaça de Lucas, o Benfica acabaria por conseguir reagir e chegar ao empate aos 45'. Uma grande penalidade convertida por Lima, na sequência de falta sobre Sílvio, ditou a igualdade antes do intervalo.

No segundo tempo, o Benfica reforçou o 'pressing' e o PSG começou a subir cada vez menos. Gaitán e Lima protagonizaram dois falhanços incríveis até que chegou a reviravolta. A pressão do Benfica surtiu efeito e Gaitán, aos 58', fez o 2-1, num lance em que só teve de encostar para a baliza de Sirigu, depois de um cruzamento de Maxi.

Laurent Blanc reagiu de imediato e lançou Matuidi e Lavezzi para os lugares de Motta e Cavani. O PSG equilibrou um pouco a contenda, mas pouco incomodou Artur nesta fase.

Os encarnados conseguiram afastar a pressão francesa e seguraram o triunfo de forma sólida e pragmática. No entanto, o destino na Grécia desenhava-se como uma tragédia para o Benfica, já que o ex-benfiquista Saviola já tinha lançado o Olympiacos para a vitória, que foi confirmada já nos descontos com o 3-1 final. Um jogo controverso, onde os belgas acabaram com oito jogadores em campo e os gregos dispuseram de três grandes penalidades.

O futuro do Benfica segue na Liga Europa. A Champions voltará ao Estádio da Luz ainda este ano para a sua grande final, em maio de 2014.