A Associação dos Jornalistas de Desporto (CNID) fez queixa à UEFA e à ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social) na sequência de uma pergunta que um jornalista da TVI/CNN não pôde colocar ao treinador Roger Schmidt, por impedimento do assessor de imprensa do Benfica na antevisão do encontro em Milão.

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Leia o comunicado na íntegra

"O CNID - Associação dos Jornalistas de Desporto denuncia mais uma situação anómala e inaceitável na relação entre Clubes e Órgãos de Comunicação Social.

Na conferência de Imprensa de antevisão ao jogo Inter-Benfica, realizada ontem à tarde em Milão, ficou clara uma ilegalidade que o CNID- Associação dos Jornalistas de Desporto, não pode calar: o assessor de Imprensa do Benfica recusou sem razão a pergunta de um jornalista. No caso, da TVI.

É incorreta, ilegal e desrespeitosa a atitude do SL Benfica, corporizado pelo assessor de Imprensa que estava na mesa ao lado do treinador Roger Schmidt, e segue por isso participação à UEFA e à Entidade Reguladora da Comunicação, de forma a que seja reposta a legalidade.

Não é a primeira vez que o CNID - Associação de Jornalistas de Desporto denuncia situações similares. Esta tem a gravidade suplementar de dar uma imagem menos bonita do futebol português e de um dos seus grandes clubes num palco internacional. É inaceitável aquilo que o Benfica tem feito, já que, pelas nossas averiguações, esta situação acontece há várias semanas. Neste caso foi público e notório.

O CNID - Associação dos Jornalistas de Desporto apela a que os clubes respeite a lei e os Órgãos de Comunicação Social, porque o dano maior é sempre par a imagem e a dignidade do clube. E esse deve ser o valor que um dirigente deve defender em primeiro lugar".

O Benfica tenta hoje em Milão a complicada missão de virar a eliminatória a seu favor, depois de ter perdido por 2-0 a primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões de futebol frente ao Inter.

Os 'encarnados', em plena crise de resultados, confiança e qualidade futebolística, parecem condenados na Liga dos Campeões e precisam de uma série de registos inéditos para atingirem pela primeira vez as ‘meias’ na ‘era Champions’ (desde 1992/93), depois do comprometedor desaire caseiro.