Os primeiros minutos em Braga não prenunciavam um desfecho destes, uma derrota que pode comprometer a continuidade dos minhotos na Liga Europa, eles que têm feito uma excelente campanha nesta e em todas competições que estão inseridos.
O Sporting Clube de Braga começou bem, com a determinação que lhe é conhecida ao longa da época, com o toque de maestro de Paulo Fonseca, e tudo parecia indicar que, mais cedo ou mais tarde, a bola acabaria por entrar e sossegar o coração dos Guerreiros presentes na noite fria que ‘assaltou’ o Estádio Municipal de Braga.
Qual foi então o problema? A finalização. Os minhotos tiveram inúmeras oportunidades para marcar e Stojiljkovic, Rafa, Marcelo Goiano tiveram o golo de bandeja, mas não conseguiram colocar a bola dentro da baliza.
Tal como tem sido habitual, o Braga praticou um bom futebol nesta primeira mão dos quartos de final da Liga Europa, o problema foi mesma a finalização. Em jogos desta categoria, e perante equipas matreiras com o Shakhtar, não pode haver falta de confiança. Nos instantes finais do primeiro tempo, a equipa portuguesa teve um momento de desatenção e os ucranianos conseguiram marcar por intermédio de Rakitskiy (45’).
O segundo tempo prometia uma resposta por parte dos homens de Braga, mas não foi isso que se assistiu. Muito apático, o Braga deixou a equipa visitante ‘jogar’, mas rápido retomou o domínio do jogo. Numa altura em que a equipa lusa até voltou a estar por cima do encontro, os ucranianos aumentaram a vantagem aos 75 minutos, por intermédio de Ferreyra.
O 2-0 já era pesado e de facto não se espelhava o que se via dentro de campo. Mas o futebol é mesmo assim e Paulo Fonseca já deveria saber.
“Não gosto de falar em justiça no futebol, mas a verdade é que o resultado não traduziu o que se passou dentro de campo. O que se passou foi um Braga dominador, sufocante, com um o adversário completamente subjugado à nossa iniciativa, ao nosso jogo”, disse o técnico dos minutos após a partida.
Valeu o golo de Wilson Eduardo que reduziu a desvantagem dos minhotos aos 89 minutos, dando algum alento para o segundo tempo. A missão já era complicada antes do apito inicial, mas pegando nas palavras de Paulo Fonseca, “nada é impossível”. E este Braga tem equipa para surpreender, mesmo contra os milhões do Shakhtar.
“Já era difícil à partida e agora as coisas ficaram mais difíceis. Mas vamos acreditar até ao final”, realçou Paulo Fonseca.
Até é estranho que uma equipa como o Braga adopte este estilo tão defensivo, algo que não espelha a atitude vista dentro de campo. Só um Super-Braga irá conseguir levar os corações minhotos até às meias-finais da Liga Europa. Se isso acontecer, alguém ficará surpreendido?
O encontro da segunda mão está agendado para a próxima quinta-feira (dia 14).
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