O Benfica qualificou-se esta quinta-feira para os oitavos de final da Liga Europa após ter empatado a zero em casa do Toulouse. Os encarnados beneficiaram da vitória por 2-1 no jogo da primeira mão para se apurarem para a fase seguinte.
Depois de uma primeira parte onde os encarnados beneficiaram das melhores oportunidades de golo, a segunda parte foi quase sempre no sentido da baliza de Trubin, tendo a formação francesa beneficiado de um punhado de grandes oportunidades para marcar, criando muitas dificuldades a um Benfica praticamente inexistente em termos ofensivos.
Mesmo com muito sofrimento o Benfica sai de Toulouse com a qualificação para os oitavos de final.
Toulouse ataca, Benfica desperdiça
Para esta partida, Roger Schmidt fez quatro alterações em comparação com a equipa que arrancou no jogo da primeira mão, no Estádio da Luz. As laterais, que foram ocupadas por Carreras e Aursnes, passaram para Bah e Morato, enquanto que David Neres entrou para a ala esquerda, deixando João Mário ao lado de João Neves, e Kokçu no banco de suplentes. Já no ataque, Casper Tengstedt substituiu o brasileiro Arthur Cabral.
Já do lado do Toulouse, o técnico Carles Martínez não fez qualquer mexida, lançando em jogo exatamente a mesma equipa que começou a partida em Lisboa.
A jogar em casa e em desvantagem na eliminatória, o Toulouse começou a comandar as operações, pressionando o Benfica logo à saída da sua grande área, e dificultando muito as saídas dos encarnados para o ataque. Foi da equipa francesa o primeiro remate, logo aos sete minutos, por intermédio de Sierro, levando Trubin para uma defesa segura.
O Toulouse utilizava os corredores para criar desequilíbrios, explorando o pouco apoio defensivo de Di María e Neres aos laterais; contudo, apesar de várias iniciativas, a equipa gaulesa não conseguia criar oportunidades de verdadeiro perigo.
Curiosamente, quem a criou foi mesmo o Benfica aos 23 minutos; Neres arrancou pela esquerda e serviu Rafa que, já dentro da área, atirou por cima. O Toulouse conseguiu responder e ameaçou também o golo pouco depois; Di María não resolveu dentro da sua área e permitiu o cruzamento para a cabeça de Dallinga que atirou para defesa de Trubin.
Os esforços gauleses para chegar ao golo coincidiam com dois reveses na equipa de Carles Martínez que, na primeira meia hora de jogo foi forçado a duas substituições devido a lesões.
As águias não chegavam tantas vezes junto da baliza do adversário, mas quando o faziam era com mais perigo; aos 33 minutos Bah cruzou rasteiro na direita, Di María esticou-se mas falhou o golo por centímetros. Aos 46 foi António Silva, totalmente isolado na cara de Restes, a permitir a defesa do jovem guardião francês.
Schmidt mudou...e Benfica piorou
Para a segunda parte, Roger Schmidt resolveu fazer uma dupla alteração, fazendo entrar Álvaro Carreras e Arthur Cabral para os lugares de Morato e Tengstedt. O lateral espanhol não teve a melhor entrada, permitindo um ataque do Toulouse pela direita que terminou com um remate frontal de Sierro à figura de Trubin.
Tal como na primeira parte, a equipa da casa entrou mais pressionante, mas, desta feita, criando muito mais perigo. Exemplo disso foi a oportunidade clamorosa desperdiçada pelos franceses; transição rápida pela direita e cruzamento para o coração da área onde surgiu Spierings de cabeça a falhar o golo por muito pouco. Pouco depois foi Nicolaisen a cabecear após um canto na esquerda.
As substituições de Schmidt aparentavam ter tido o efeito contrário ao que certamente esperava o alemão, e os lances de perigo iam se acumulando junto da baliza de Trubin. Aos 65 minutos Dallinga cabeceou ao poste, lance onde o jogador estava em posição irregular, dois minutos depois Trubin defendeu por instinto um remate de Spierings dentro da área.
Para tentar mitigar a avalanche ofensiva adversária, Schmidt fez entrar Aursnes para o lugar de David Neres. Esta sim, foi uma alteração que teve o efeito pretendido, estagnando as iniciativas ofensivas do Toulouse que, mesmo com mais iniciativa de jogo, já não criava tanto perigo. Excepção feita para o remate de Sierro aos 92 minutos para grande defesa de Trubin.
Até final o Toulouse tentou tudo por tudo para, pelo menos, empatar a eliminatória, mas o Benfica acabou por saber aguentar o assalto final dos franceses, e segurou a preciosa vantagem na eliminatória, qualificando-se para os oitavos de final da Liga Europa.
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