Bruno Lage voltou a 'abrir o livro', na conferência de imprensa de antevisão do jogo com o Eintracht Frankfurt. O treinador do Benfica falou do projeto de formação do Benfica em comparação com a do Ajax, recordou a derrota e consequente eliminação da Taça de Portugal com o Sporting e da forma como os 'encarnados' devem encarar este encontro com os alemães fora de casa, depois da vitória por 4-2 na primeira-mão.
Projetos de formação e os exemplos de Benfica e Ajax: "Não é de agora [que estes projetos mostram que não é romantismo apostar na formação]. Ao longo da história do futebol tem acontecido isso. Há 20 ou 30 anos, o Ajax era uma grande referência mas não era o único. Existem outros casos e nós seguramente temos crescido. Cada vez mais apresentamos uma equipa jovem, com jogadores da formação, mas isso não pode ser visto apenas desse sentido. Temos uma grande equipa para além dos jovens experientes, que já conquistaram um tetracampeonato. O Benfica tem conseguido equilibrar isso ao longo dos últimos dez anos."
Benfica é favorito? "Não podemos esconder que estamos em vantagem e temos consciência disso. Quando chegamos a esta altura da competição temos que perceber que tudo pode acontecer, e tem acontecido, vocês já viram vários exemplos disso. O nosso objetivo é concretizar o que fizemos no primeiro jogo. Posso estar a esquecer-me dos habituais, do percurso normal de um Barcelona ou de um [Manchester] City, mas aquilo que Ajax e Eintracht têm feito na Europa é de grande valor. São duas equipas poderosas, assim como a nossa, que já defrontámos. Levando em consideração o que pode acontecer amanhã, vendo também pelo adversário que pode ter uma ou outra alteração. Temos de fazer um jogo à imagem do primeiro. Isso é o fundamental."
Chamada de Salvio: "O Salvio já estava apto há cerca de 10 dias e quando entrou foi para estar disponível. Para fazer 90 minutos, para estar no banco, para entrar no decorrer do jogo..."
Derrota com Sporting na Taça serve de exemplo para abordagem ao jogo? "São competições diferentes, adversários diferentes. Aquilo que é mais importante é olhar para a equipa que depois de uma derrota soube responder com três resultados positivos. Vamos jogo a jogo. Estamos em vantagem e o importante é a ambição da equipa em querer vencer e jogar bem. Não podemos estar agarrados a medos. A equipa já provou que a seguir a um desaire aparece bem."
Gestão da equipa: "Entre este jogo, o intervalo é maior [Benfica joga na segunda-feira]. Vamos ter três dias para recuperar. Quando chegamos a esta altura da competição, posso entender que olhem para o jogo da 1.ª mão e pensem que fizemos gestão com o Seferovic. Mas não. Teve a ver com a estratégia e com o facto de querer surpreender o adversário. O treinador adversário preparou-se para a nossa forma de jogar, mas não sabe se vamos jogar com um avançado ou não. Vamos de final a final, quer aqui, quer no campeonato."
Desempenhos de Samaris e a renovação de contrato: "Reabilitado não. Não faço milagres, olho para o desempenho que os jogadores têm no treino. Não quero ficar com esse rótulo. Temos 24 jogadores, quando jogam 11. Por exemplo, o rapaz que estava aqui ao meu lado (Gedson) foi titular cinco/seis meses e agora tem jogado menos. Temos de ver as coisas de forma equilibrada. Samaris começa a jogar, Félix começa a jogar, Ferro, Tino (Florentino)... Para estes quatro jogadores entrarem, há outros que saem. Não é ficar com o rótulo de reabilitar ninguém, temos cá um excelente doutor e faz esse pape. É olhar para os jogadores de igual forma. escolhermos o melhor onze e coloca-lo em campo, apenas isso. Jogar na primeira equipa do Benfica é fácil: treinar a mil e ter rendimento no jogo."
Na quinta-feira, na Alemanha, o Benfica defende dois tentos de vantagem frente ao Eintracht Frankfurt, depois do triunfo caseiro por 4-2, selado com um 'hat-trick' de João Félix e um tento de Rúben Dias, na primeira mão dos 'quartos' da Liga Europa.
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