Tranquilidade reposta (pelo menos em parte) no FC Porto, após um merecido triunfo na receção ao Midtjylland (2-0), a contar para a sexta jornada da Liga Europa. Perante o regresso do antigo presidente, Pinto da Costa, ao Estádio do Dragão, os portistas venceram justamente e deram um importante salto classificativo em direção à próxima fase da competição, subindo ao 18.º lugar.

Vítor Bruno foi obrigado a deixar Nico González, que tem sido um dos pilares da equipa no banco, promovendo o regresso de Alan Varela ao onze inicial. Além desta alteração, o treinador dos dragões deixou Francisco Moura no banco e recuou Galeno para a lateral esquerda e lançando Namaso de início.

O figurino mais ofensivo desenhado pelo treinador dos dragões surtiu efeito desde os primeiros minutos, com a equipa a conseguir chegar com qualidade à baliza da área dinamarquesa. Perante um Dragão bastante despido, o FC Porto podia ter chegado duas vezes ao golo por Fábio Vieira nos primeiros 10 minutos, mas faltou pontaria ao camisola 10.

Com o passar dos minutos os portistas estabilizaram e assumiram uma postura de controlo no jogo. Ao invés da agressividade no ataque aos espaços da fase inicial, iam trocando a bola entre os três corredores em busca de desequilibrar o Midtjylland.

A estratégia deu frutos aos 29 minutos, quando Danny Namaso abriu o marcador. Após uma troca de bola mais prolongada Eustaquio surgiu em posição de cruzamento e encontrou o avançado dentro da área, que cabeceou e beneficiou de um desvio de Bech Sorensen para enganar o guarda-redes e dar vantagem ao FC Porto. 

Mesmo a ganhar, a equipa de Vítor Bruno manteve a paciência com bola e, aos 42 minutos, podia ter feito o segundo. Após uma bela jogada perto da área dinamarquesa, Samu cruzou para Namaso, que não conseguiu antecipar-se ao corte do defesa para bisar na partida.

O FC Porto não quis facilitar no regresso dos balneários e voltou com a mesma fome ofensiva que tinha deixado patente na primeira parte. Prova disso é a grande oportunidade de Pepê logo no arranque. Contudo, isto não foi mais do que um aviso para o que viria a seguir.

Fábio Vieira teve um momento de génio no meio-campo, lançou Pepê isolado e o brasileiro só teve de servir Samu para o 2-0, aos 57 minutos. Este golo tranquilizou ainda mais a equipa e foi fundamental para a construção de uma bela exibição.

O dobrar da vantagem não fez com que os dragões diminuíssem o ritmo, ao contrário de outras partidas. O fator risco manteve-se e o FC Porto optou por defender com bola e continuar a deixar o Midtjylland em sentido, através de sucessivas investidas.

O emblema dinamarquês nunca conseguiu criar perigo aos dragões e o treinador portista deu ainda minutos a Iván Jaime, Vasco Sousa, Gonçalo Borges e Rodrigo Mora, que entraram num contexto favorável pela primeira vez em muito tempo.

Antes do final, os dragões quase manchavam o que estava a ser uma das melhores exibições da temporada. Aos 90+3 minutos, Buksa aproveitou uma confusão na área para reduzir a desvantagem e dar alguma esperança à sua equipa, mas o golo foi anulado por fora de jogo.

Apesar da desatenção perto do fim e do assalto final do adversário nos últimos minutos, o FC Porto conseguiu uma vitória importante para ganhar algum fôlego na classificação da Liga Europa - agora é 18.º - e ganha alento para os duros desafios que o futuro trará.