Bruno Lage fez esta quarta-feira a antevisão do jogo com o Dinamo Zagreb, a contar para a segunda-mão dos oitavos-de-final da Liga Europa.
O técnico do Benfica saiu em defesa de Rúben Dias e Odysseas Vlachodimos depois dos erros dos dois jogadores no encontro frente ao Belenenses SAD e ignorou as estatísticas.
Gestão do plantel: "Não fazemos rotatividade, fazemos a gestão normal do plantel. Em todos os jogos temos feito isso. Estamos numa dinâmica de há dois meses a esta parte de jogar de três em três dias, algumas vezes com dois dias e meio de intervalo, como de amanhã para domingo. Temos de estar preparados para isso. Perceber a gestão do plantel e escolher o onze que dê garantias para vencer todos os jogos. É verdade que quando as coisas não correm tão bem como na Croácia, vocês fazem questão de meter as coisas numa dimensão; quando correm bem como na Turquia, as coisas passam assim um bocadinho ao lado. O vosso lado é sempre mais fácil, porque é fazer uma análise ao que aconteceu. A gestão do plantel é em função do melhor onze. Se sentimos que há um jogador que pode não corresponder naquele onze, não o colocamos em campo. Por isso é que não falo em gestão de esforço."
Erros de Rúben Dias e Vlachodimos: "Por incrível que pareça o futebol é um jogo em que se erra muito, às vezes mais do que se acerta. Por exemplo, quantos remates fizemos à baliza? Quantos o guarda-redes defendeu e quantos marcámos? É um jogo de erro. O do Odi é um erro tremendo que dá um golo, o do Rúben também, é um facto. E o contrário? A quantos momentos positivos estão associados? Sobre o Rúben, tenho aqui um registo. Ele não precisa de defesa porque é um homem, mas é um jovem internacional que quando as coisas acontecem bem vai para ali ou para acolá, mas quando correm mal, é um jogador que tem 12 ou 13 erros que já custaram pontos. Isto é uma folha nossa da equipa técnica. O Rúben tem andado acima da média em todos os jogos. Agora os erros acontecem a todos. Digam-me um central que não passou uma bola curta ao guarda-redes e deu golo, , digam-me um guarda-redes que não tenha sofrido um golo assim. Tem que haver um equilíbrio nas análises. O básico é eles quererem ser equipa, a partir daí está tudo porreiro."
Jonas como um jovem: "O Jonas, por exemplo, correspondeu, correu como um miúdo de 20 anos, lutou e deu-nos a vantagem no marcador no último jogo e é isto que eu tenho visto. Vinte jogadores a trabalharem e a quererem ser uma equipa e ninguém sofre mais do que eles quando erram. Isto é que vai fazer a diferente na carreira deles, é ter a capacidade para seguir em frente. É esta mentalidade que quero incutir aqui."
Mentalidade inglesa: "Os portugueses fazem o luto do insucesso. A nós a derrota carrega-nos muito. Em Inglaterra é sempre a andar, ‘keep going’, ‘let’s go’. É uma coisa cultural deles. Ouvir um capitão, um diretor a dizer ‘jogámos bem’, dentro de dois dias temos outro jogo. A derrota e o insucesso carrega-nos muito. É esta mentalidade que quero incutir aqui. Treinar muito bem e ter a mentalidade de dois em dois dias termos de andar para a frente. Só podemos ter este caminho. Amanhã vamos dar uma resposta à imagem do que temos conseguido."
Remate enquadrados e o frango assado: Só dois? Marcámos dois golos agora e há a oportunidade do Grimaldo no início…A estatística vale o que vale, o mais importante são as oportunidades criadas… Há também uma cabeçada do Jonas junto ao poste. Gosto de olhar para o que a equipa produz, e isso deixa-me satisfeito. Não circulamos a bola por circular, fazemos essa circulação para criar espaços. E o mais importante é que criamos oportunidades. Citando o Carlos Carvalhal, se formos os dois comer um frango e eu o comer inteiro, estatisticamente comemos meio frango cada um."
O Benfica-Dinamo Zagreb, da segunda-mão dos oitavos-de-final da Liga Europa, está marcado para às 20h00 desta quinta-feira. Na primeira-mão os 'encarnados' perderam por 1-0 na Croácia.
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