O treinador Jorge Jesus assumiu hoje que o Benfica procura chegar a uma final europeia de futebol nos próximos anos, mas advertiu que esse é um caminho que “não se faz em dois ou três meses”.

Em conferência de imprensa de lançamento da partida de quinta-feira para a Liga Europa, frente ao Standard Liège, o técnico lembrou que “o Benfica impõe sempre respeito” aos adversários, apesar de nos últimos anos ter perdido a “referência e identidade de ter chegado a algumas finais”, mas sublinhou que recuperar esse estatuto é “um dos projetos do presidente”, Luís Filipe Vieira.

“Foi com essa ideia que me conseguiu ‘sacar’ do Brasil, mas isso não se faz em dois ou três meses. É um processo evolutivo, de continuidade, mas os jogadores que o Benfica contratou, jovens e com uma qualidade muito grande, vão fazer com que este Benfica, ano após ano, fique cada vez mais forte”, afirmou o técnico ‘encarnado’.

Antes de falar dos “projetos do presidente”, Jesus recusou abordar as eleições do clube, que estão a decorrer em vários pontos de voto no país, referindo apenas que “os sócios é que vão decidir” e que quando regressou ao Benfica o fez “com uma consciência de unir a nação e família benfiquista”.

“Não quero expressar-me, pois não quero influenciar em nada. O presidente do Benfica sabe o que eu penso”, disse o técnico, questionado sobre se admitia abandonar o projeto caso Luís Filipe Vieira não vença as eleições.

Eleições à parte, Jorge Jesus não escondeu a satisfação por falar dos seus jogadores e, já depois de ter ajudado Darwin Núñez a compreender algumas questões dos jornalistas, sublinhou que é preciso “dar valor” à estrutura do Benfica, por ter “‘sacado’” o uruguaio à concorrência.

“O Darwin ainda é um menino, um pouco ingénuo, tudo isto é novo para ele. Mas tem características, condições atléticas e técnicas únicas. É um jogador em crescimento, portanto, é natural que quem acreditou neste atleta, como a estrutura do Benfica, numa II Liga [de Espanha] e com os olheiros de todo o mundo, tenha de ter valor nessa decisão”, elogiou.

Sobre quem irá acompanhar o uruguaio na frente de ataque na quinta-feira, Jesus reconheceu não ter ainda “certezas absolutas”, mas admitiu algumas mudanças na equipa, tais como a entrada direta de Gabriel.

“Ainda vou fazer o primeiro treino com os jogadores que defrontaram o Belenenses SAD, por isso não sei em que condições estão. Mas se tudo correr dentro da normalidade, vou fazer algumas mudanças na equipa. O Gabriel vai jogar, como vão entrar outros jogadores que dão todas as garantias e estão à procura do seu espaço”, revelou o treinador.

Fora das quatro linhas, Jesus mostrou-se satisfeito por voltar a ter adeptos nas bancadas, no jogo da Liga Europa, e sublinhou que apesar das previsões dos especialistas sobre a segunda vaga da pandemia de covid-19, é preciso “saber viver com ela”.

“Vale mais ter poucos adeptos do que nenhuns, porque, no fundo, a motivação dos jogadores é poder jogar para os adeptos. Por muito que estejas focado no jogo, a ansiedade e a adrenalina quebram. Se estiverem quatro ou cinco mil num estádio de 65 mil, de certeza que não vai interferir com a defesa da saúde. Portanto, estou extremamente satisfeito e feliz por poder ter alguns espetadores”, garantiu.

O Benfica recebe na quinta-feira os belgas do Standard Liège, às 20:00, em partida da segunda jornada do Grupo D da Liga Europa, na qual procura a segunda vitória consecutiva na competição, após o triunfo (4-2) no terreno do Lech Poznan, na ronda inaugural.

Os ‘encarnados’ lideram o grupo, com três pontos, os mesmos do Rangers, que recebe à mesma hora a equipa polaca.

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