Leão que é Leão nunca desiste, mesmo frente a uma poderosa e matreira Juventus, uma equipa pejada de individualidades.

Se o 1-0 pode ser encarado com uma vantagem mínima, na Europa, frente a italianos, parece um vislumbre de goleada. E acabou mesmo por ser...

Os onzes

Rúben Amorim mexeu em três peças, em relação à equipa que empatou 1-1 com o Arouca em Alvalade no domingo: saíram Arthur, Bellerín e Chermiti e entraram Edwards, Morita e Esgaio. Pedro Gonçalves subia assim no terreno e o único ponta de lança disponível no Sporting sentava-se no banco de suplentes.

Já na Juve, Allegri, que mudou muito no encontro frente ao Sassuolo, fazendo descansar muitas pedras fez sete alterações. Saíram Perin, Barbieri, Gatti, Paredes, Fagioli, Milik e Kostic e entraram Szczesny, Alex Sandro, Locatelli, Cuadrado, Di María, Vlahovic e Chiesa.

Juve marcou praticamente a abrir, depois de ameaça do Sporting

Alvalade estava engalanada para mais uma grande noite europeia. Eram precisos heróis para dar a volta a esta contenda. O Sporting começou bem. Coates, - o melhor cabeceador do Sporting, palavras de Amorim – atirou ao lado, no primeiro lance digno de registo do Sporting.

Só que a Juve respondeu, de forma mortífera. Num pontapé de canto, Rabiot aproveitou a confusão na área e atirou à meia volta para o fundo da baliza.

Não se amedrontou o Sporting. Seguro no miolo com a dinâmica de Ugarte e Morita, a equipa esboçou ares de querer recriar-se na frente e quando Marcus Edwards pega na bola é uma carga de trabalhos. Atirou à barra num lance por ele criado, Pote foi derrubado e o inglês na conversão na grande penalidade empatava a partida

O Leão tinha tempo, mas fazer um golo a estes italianos é missão dos deuses. O Sporting circulava, com iniciativa, mas não com a velocidade desejada e definição para furar no último terço a teia defensiva da equipa de Allegri. Face à muralha italiana, a meia-distância poderia ser alternativa. Pote, ao minuto 24, tentou de longe, a bola saiu por cima.

Mas a melhor oportunidade saiu da cabeça de Diomandé. O central teve o golo na cabeça, ao minuto 35´, já próximo do intervalo. A bola passou ao lado da baliza, a centímetros do poste da baliza de Szczesny. Poderia ser ali...

Serviam os segundos 45 minutos para o Sporting tentar fazer mais um golo e levar o encontro para prolongamento. O ambiente empurrava a equipa, estádio cheio, com a força necessária para levar a equipas às costas.

Mas os italianos estavam confortáveis, como eles gostam. Expetativa e solidez na zona defensiva, e contra-ataques rápidos com Cuadrado a transportar o esférico de forma exímia.

O Leão por vezes arriscava, acumulava perdas de bola. O mesmo Cuadrado serviu Vlahovic, ao minuto 55´, com mestria. A bola não entrou por acaso.

A pressa de fazer bem não produzia bons resultados. Edwards tentou o remate, mas a bola acabou por ressaltar em Morita e encaminhou-se para a linha de fundo.

Os verdes esticavam, quase sempre no jogo exterior, ou através de cruzamentos. O herói que tanto Amorim desejava poderia ter sido Esgaio. Danilo falhou o corte, a bola sobrou para o defesa do Sporting. Junto ao primeiro poste...atirou por cima. Era o desespero em Alvalade.

O tempo escasseava e o Sporting voltaria a desperdiçar nova oportunidade. Edwards cruzou, mas Coates na zona frontal não conseguiu fazer o golo.

Em cima do minuto 90 Coates, de novo, voltou a estar perto do céu. Cruzamento de Arthur - já Chermiti estava em campo, mas o uruguaio não conseguiu acertar com a baliza.

O tempo fugia, o sonho também. Ainda assim cai de pé este Sporting na Liga Europa. É a Juve que segue para as meias-finais.