Um ano depois da consagração na Liga dos Campeões de futebol, o Chelsea volta a marcar presença numa final europeia, desta vez sob o comando do “mal-amado” Rafael Benítez, que já se encontra na “porta de saída”.
À semelhança de épocas anteriores, os "blues" entraram na nova temporada com várias conquistas em perspetiva, particularmente depois do triunfo sobre o Bayern de Munique, que colocou o nome do Chelsea no historial da mais importante competição europeia.
No entanto, as renovadas ambições dos adeptos londrinos rapidamente caíram por terra e só um possível sucesso frente ao Benfica, na final da Liga Europa, poderá atenuar mais uma época dececionante, na qual o Chelsea participou em oito provas.
Com a conquista da Liga dos Campeões 2011/12, o italiano Roberto di Matteo, que tinha substituído o português André Villas-Boas, garantiu a sua permanência à frente da equipa, mas o início da presente época revelou-se desastroso, com as perdas das Supertaças europeia e de Inglaterra, frente a Atlético de Madrid e Manchester City, respetivamente.
Ainda assim, seria em novembro do ano passado, no dia seguinte ao desaire com a Juventus, na fase de grupos da Liga dos Campeões, que o internacional transalpino receberia "ordem de marcha", tendo em conta o mais que provável afastamento da competição.
Para o seu lugar chegou Rafael Benítez, campeão europeu em 2004/2005, com o Liverpool, que, desde logo, teve vida difícil em Stamford Bridge, onde continua a receber constantes demonstrações de desagrado por parte dos adeptos, que não lhe perdoam várias declarações proferidas, na altura em que orientava os “reds”.
Os afastamentos da Taça da Liga inglesa e da Taça de Inglaterra e a derrota no Mundial de Clubes pouco abonaram a favor o espanhol, que, aos poucos, também foi vendo os “blues” distanciarem-se do título inglês, entretanto conquistado pelo Manchester United.
Apesar das notícias diárias que vão dando como certo o regresso de José Mourinho a Stamford Bridge e consciente de que sairá no final da temporada, "Rafa" conseguiu levar o Chelsea à final da Liga Europa, ainda que com alguns "sustos" pelo meio.
O primeiro aconteceu logo no início do trajeto, nos 16avos de final, frente ao Sparta de Praga, que, depois da derrota (0-1) em casa, apenas foram eliminados nos descontos da segunda mão, graças ao tento do belga Eden Hazard (1-1), uma das figuras de proa do conjunto londrino.
De resto, o encontro da primeira mão com os checos foi o único em que o Chelsea não sofreu golos, encaixando nove tentos nos sete jogos seguintes, até à final.
Os "oitavos" reservaram um confronto com os romenos do Steaua de Bucareste, sendo que a qualificação apenas chegou na segunda mão, em casa, com um triunfo por 3-1, após a derrota por 1-0, na Roménia.
Os russos do Rubin Kazan foram o adversário nos "quartos", em dois jogos que se traduziram numa vitória (3-1), em casa, e numa derrota (2-3), fora, antes dos embates com os suíços do Basileia, nas meias-finais.
O triunfo tardio na Suíça (2-1) conferiu importante vantagem na eliminatória, que seria resolvida na capital inglesa, uma semana depois, com nova vitória, por 3-1, a carimbar o acesso à final de Amesterdão, numa altura em que, internamente, o Chelsea já quase garantiu um lugar na próxima Liga dos Campeões.
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