O Chelsea conquistou a Liga Europa 2013 ao vencer o Benfica no último minuto de jogo por 2-1. A equipa portuguesa dominou os ingleses ao longo de todo o jogo e merecia sair com outro resultado da sua nona final europeia. A maldição húngara começa a parecer bem real e já vão 51 anos sem ganhar o título europeu.
Ambiente arrepiante no Arena de Amesterdão com mais de 40 mil adeptos nas bancadas. O Benfica jogava a sua primeira final europeia em 23 anos e a expectativa entre as hostes encarnadas era naturalmente elevada, ainda para mais frente ao atual campeão europeu Chelsea de David Luiz e Ramires.
Na véspera do jogo, Jorge Jesus havia afirmado que a motivação dos jogadores estava no auge, e os primeiros quinze minutos de jogo, frente aos londrinos, assim o demonstraram: agressividade na posse de bola e sentido único para a baliza de Petr Chech. Rodrigo surgiu no onze titular ao lado de Cardozo, e no meio-campo os “siameses improváveis” Matic e Enzo Perez iam pautando as linhas de passe para os extremos avançarem.
E foi uma entrada avassaladora do Benfica nos primeiros quinze minutos de jogo. A formação de Jorge Jesus dominou por completo a posse de bola, não permitindo ao Chelsea impor o seu poderio físico num meio campo reforçado por David Luiz, e os 61% de posse de bola para os encarnados os 20 minutos de jogo não eram por acaso, faltavam era golos.
Em menos de cinco minutos, o Benfica cria três oportunidades de golo por intermédio de Cardozo (10’ e 14’) e Gaitán (11’) e só não inaugura o marcador devido à vasta muralha inglesa à frente de Petr Cech. O Chelsea acaba por reagir timidamente aos 26’ minutos com um remate forte de Oscar, mas Artur consegue defender a dois tempos. A reação do Benfica surgiu sete minutos depois com uma grande jogada do lado esquerdo a culminar num remate de trivela de Gaitán para fora.
Aos 36’ minutos, Frank Lampard resolve aparecer no jogo e quase inaugurava o marcador com um pontapé de marca registada à baliza do Benfica. No entanto, Artur com uma defesa gigantesca acabou por negar o golo ao capitão do Chelsea. No final da primeira parte, o Benfica dominava a posse de bola com 55% por cento e adivinhavam-se golos na segunda parte. Os adeptos portugueses faziam a festa nas bancadas e tinham razões para acreditar no primeiro troféu europeu depois de 51 anos de jejum.
A equipa do Benfica regressou dos balneários determinada em passar para frente do marcador depois das boas indicações dadas na primeira parte. O Chelsea parecia não aguentar o ritmo frenético imposto pelos encarnados, mas no futebol o que contam são os golos.
Depois de mais uma entrada muito forte nos primeiros vinte minutos da segunda parte, o Benfica vê o Chelsea adiantar-se no marcador aos 60 minutos numa jogada iniciada por Cech. O esférico acaba por ir parar a Fernando Torres que isolado finta Artur e remata para a baliza. Garay em esforço ainda toca na bola, mas o 1-0 era uma realidade.
O Benfica estava a 30 minutos perder a sua nona final europeia e Jorge Jesus viu-se na obrigação de fazer duas substituições. O técnico encarnado tirou Rodrigo e Melgarejo e reforçou o poderio ofensivo do Benfica com as entradas de Lima e Ola Jonh. Com a entrada do extremo esquerdo holandês, Nico Gaitán foi obrigado a recuar no terreno para a posição de defesa esquerdo.
E as substituições acabariam por surtir efeito imediato e o Benfica estava novamente junto à pequena área do Chelsea. Numa jogada de ataque aos 67’ minutos, o árbitro holandês viu mão na bola de Azpilicueta e assinalou grande penalidade. Chamado à conversão, Óscar Cardozo teve o sangue frio para fuzilar a baliza de Petr Cech e fazer o 1-1.
Aos 75’ minutos, o Chelsea ficou a reclamar de uma grande penalidade por assinalar por falta de Luisão sobre Fernando Torres. Na sequência do lance, Ezequiel Garay fez sinal para o banco a pedir a substituição devido a uma entorse no pé direito. Jorge Jesus foi obrigado então a esgotar as três substituições com a entrada de Jardel aos 78’ minutos.
O jogo aproximava-se perigosamente do final, quando Óscar Cardozo num remate de primeira deixou em suspenso os cerca de 46 163 espectadores nas bancadas. A bola descreveu uma tranjectória perfeita para o ângulo superior esquerdo, ou como se costuma dizer na gíria” para a gaveta”, mas uma excelente intervenção do guarda-redes checo negou o golo ao avançado paraguaio. Na resposta, o Chelsea atirou uma bola ao poste da baliza de Artur após grande remate de Frank Lampard.
Quando já se pensava no tempo regulamentar, o Chelsea ganha um pontapé de canto a dois minutos de terminar o tempo extra. E como a maldição de Bélla Gutman parece perseguir o destino deste Benfica, o sérvio Ivanovic saltou mais alto no centro da defesa para o ângulo, Artur sem hipóteses de defesa.
Com este resultado, o Chelsea conseguiu juntar pela primeira vez na história do futebol europeu o título da Liga dos Campeões ao da Taça UEFA/ Liga Europa.
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