Ainda está na retina de todos o golaço de Pedro Gonçalves no Emirates frente ao Arsenal, que ajudou no apuramento do Sporting para os quartos de final da Liga Europa - depois consomado nas grandes penalidades.
Os Leões vão agora defrontar a Juventus, mas o médio internacional português ainda recorda o momento mágico em Inglaterra, com a receita para o grande golo apontado:
"No balneário, comentámos o facto de que, desde o início do jogo, o guarda-redes deles se afastava muito da baliza quando tinha a bola. Nunca pensei: ‘Se eu tiver a bola, vou tentar fazê-la passar por cima dele porque está muito longe da linha de baliza’. Não, foi uma coisa do momento. O Marcus Edwards estava à minha esquerda e eu vi que ele me deu espaço, mas quando levantei a cabeça e olhei para cima, vi uma coisa amarela, que era o guarda-redes. Vi que ele estava fora da linha e tentei", confessou em declarações aos meios de comunicação da UEFA.
Pedro Gonçalves explicou ainda a execução técnica do remate, falando em habilidade, mas sem esquecer os treinos:
"Trabalhei isso nos treinos e fui melhorando. Tem a ver também com o tipo de golos que tenho visto no YouTube e na televisão – adoro ver futebol e praticamente vejo todos os jogos. Sempre tentei melhorar, e esse golo teve a ver também com a forma como gosto de rematar a bola: não costumo bater forte com o peito do pé, procuro rematar mais em arco para a bola fazer um ligeiro desvio", frisou.
Sobre o festejo, terá sido digno do melhor golo da sua carreira: "Bem, foi estranho porque – e pode-se ver isso claramente nas imagens – eu não sabia o que fazer. Comecei a correr como um louco, comemorando o máximo que podia, porque percebi que tinha sido um excelente golo. Acho que será sempre o melhor golo da minha carreira, tendo em conta o momento em que o marquei, o tipo de jogo, contra aquela equipa e naquele estádio. Ficará para sempre comigo para o resto da minha vida", atirou.
Pedro Gonçalves será agora, ao que tudo indica, opção para Rúben Amorim no duplo embate diante a Juventus referente aos quartos de final da Liga Europa. Sobre a eliminatória, o internacional português ex-Famalicão espera dificuldades diferentes relativamente aos jogos frente ao Arsenal:
"Vai ser uma eliminatória extremamente difícil e que se vai revelar muito exigente visto que é a duas mãos e a primeira é fora de casa. É uma eliminatória completamente diferente daquela com o Arsenal, tanto para o público em geral como para nós. Víamos o Arsenal como um dos favoritos à conquista da Liga Europa, mas conseguimos eliminá-los, por isso temos de esperar para ver e dar o nosso melhor", frisou, apontando o foco exclusivamente à "primeira mão em Turim" [quinta-feira, 20h].
Num tom mais descontraído, Pedro Gonçalves revelou ainda de onde surgiu a alcunha de Pote: "É uma história muito antiga e também muito simbólica para mim porque é sobre meu avô, que infelizmente já faleceu. Durante a minha passagem pelo Vidago, ele e o treinador de guarda-redes do clube, faziam sempre apostas para eu acertar com a bola na trave em remates à entrada da área. Sempre que eu acertava, eles davam-me o que eu pedia. E como eu pedia sempre [chocolates] Kit Kat eles chamavam-se sempre de Potinho e, à medida que fui crescendo, Pote", contou.
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