O presidente do Lyon, Jean-Michel Aulas, disse hoje que espera que o regresso da Liga alemã de futebol possa levar a reverter a decisão que levou ao encerramento antecipado da temporada de 2019/20 em França.

Com 10 jornadas por disputar, a Liga gaulesa foi dada por terminada na semana passada e o título de campeão atribuído ao Paris Saint-Germain, que na altura da suspensão liderava com 12 pontos (e menos um jogo) de vantagem sobre o Marselha (2.º), do treinador português André Villas-Boas.

O Lyon, do guarda-redes português Anthony Lopes, terminou no sétimo posto, com 40 pontos, e fora dos lugares que dão acesso às competições europeias da temporada de 2020/21.

Confirmado o regresso das duas principais ligas da Alemanha com os jogos a decorrer à porta fechada, após o aval do governo liderado pela chanceler Angela Merkel, o presidente do Lyon pretende que a França siga o exemplo do país vizinho.

“Pode não ser ainda demasiado tarde para se imaginar algo coerente ao nível político”, disse Jean-Michel Aulas ao sítio do jornal francês L'Équipe, acrescentando que, se se tivessem adotado os métodos necessários, “teria sido possível terminar a Liga”.

O presidente do Lyon, que defendia um sistema de ‘play-off’ para encerrar o campeonato no final de agosto, reserva a possibilidade de reivindicar danos pelo encerramento antecipado da época, que estima em dezenas de milhões de euros.

Os campeonatos de futebol de França e dos Países Baixos foram dados por concluídos antecipadamente, devido à pandemia de COVID-19, enquanto países como Alemanha, Inglaterra, Itália, Espanha e Portugal preparam o regresso à competição.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de COVID-19 já provocou mais de 260 mil mortos e infetou cerca de 3,7 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.

França é um dos países mais afetados pelo novo coronavírus, com 25.809 mortos em mais de 174 mil casos.