A justiça italiana acredita que a Juventus terá destruído documentos confidenciais sobre uma possível fraude fiscal, incluindo um alegado acordo privado com Cristiano Ronaldo, escreve a 'Gazzetta dello Sport'.
Diz a mesma fonte que a justiça italiana fez buscas em todo o país, na procura de provas de acordos entre a Juventus e alguns jogadores sobre ao pagamento dos salários, na altura em que a Serie A estava interrompida devido a pandemia de COVID-19.
Alessandro Lucci, empresário dos jogadores Leonardo Bonucci, Juan Cuadrado, Mattia Perin e Dejan Kulusevski, foi um dos que teve o escritório 'virado do avesso' pelas autoridades judiciais de Itália.
Os investigadores encontraram vários registos particulares nas buscas realizadas à sede da Juventus, vistos como parte das manobras salariais dos exercícios 2019/2020 e 2020/21 e não depositados nos órgãos competentes.
A Juventus teve um impacto positivo de 90 milhões de euros nas contas de 2020/21. Números que o clube justifica pelo facto de ter reduzido os salários nos meses de março, abril, maio e junho daquele ano. No entanto, os investigadores acreditam que os jogadores receberam da Juventus pelo menos 60 milhões através de acordos privados não declarados.
A justiça italiana acredita que os jogadores não abdicaram dos salários durante a suspensão do campeonato, mas que apenas viram o pagamento ser adiado. Alguns acordos com os futebolistas foram depositados na Liga, mas outros terão sido mantidos em segredo.
A investigação descobriu ainda que a Juventus fazia pagamentos de salários mesmo após a transferência dos jogadores. Alguns desses documentos eram mantidos na sua sede mas outros eram guardados fora das instalações do clube e eram destruídos logo após o cumprimento dos acordos.
Nestes documentos estaria um acordo com Cristiano Ronaldo, que foi mencionado numa escuta telefónica entre dois diretores do clube mas que não foi possível encontrar o documento do tal acordo, avança a 'Gazzetta dello Sport'.
Comentários