O presidente francês disse hoje que não haverá qualquer regime de exceção para os clubes de futebol quanto ao imposto extraordinário de 75 por cento que o Governo gaulês quer aplicar sobre os rendimentos mais altos.

François Hollande, que falava em conferência de imprensa após a cimeira de líderes da UE em Bruxelas, disse que «as regras são iguais para todos».

«A lei fiscal é a mesma para todas as empresas», afirmou o presidente francês, mas ressalvou que tal «não exclui necessariamente um diálogo sobre algumas das dificuldades que esta veio criar aos clubes» de futebol.

A União de Clubes Profissionais de Futebol (UCPF) anunciou na quinta-feira a intenção de fazer greve aos jogos agendados para as datas posteriores a 30 de novembro.

Caso se concretize, será a primeira greve na categoria profissional do futebol francês desde 1972.

De acordo com as equipas da primeira divisão francesa (Ligue 1), a nova lei poderá retirar-lhes cerca de 44 milhões de euros em impostos (incidindo sobre cerca de 120 jogadores) e dissuadirá estrelas do futebol mundial como o sueco Zlatan Ibrahimovic (Paris Saint-Germain) de assinar por clubes franceses.

Os deputados franceses aprovaram, na passada semana, uma proposta de legislação que permitirá aplicar uma «contribuição excecional de solidariedade» que incidirá sobre remunerações superiores a um milhão de euros, no âmbito do Orçamento de Estado para 2014.