As duas principais candidatas à câmara de Paris, a socialista Anne Hidalgo e a conservadora Nathalie Kosciusko-Morizet, mostraram abertura para vender o estádio Parque dos Príncipes aos acionistas do Paris Saint-Germain (PSG).
Em entrevistas publicadas esta segunda-feira no diário desportivo "L'Équipe", ambas as candidatas consideram possível negociar a venda do estádio, um recinto para 48 mil espectadores que pertence ao município parisiense, com os proprietários do PSG, a Qatar Sport Investment.
A candidata socialista, Anne Hidalgo, considerou que a aquisição do Parque dos Príncipes (um estádio inaugurado em 1897 e entretanto modernizado) "não é um tema tabu" e que o negócio pode ser discutido, mas ressalvou que o que considera fundamental é que o PSG não se mude de Paris.
Por outro lado, Kosciusko-Morizet afirmou que o "Parque dos Príncipes está intimamente associado ao PSG", pelo que não descarta que o vínculo "possa ir ainda mais longe" e sublinhou que a cidade "não deveria perder de vista o PSG".
As candidatas também abordaram a questão da ampliação do estádio Roland Garros, onde habitualmente decorre o segundo “Grand Slam” de ténis do ano. O projeto de ampliação do recinto está em litígio num tribunal administrativo devido a pressões de grupos ecologistas e de forças políticas.
Anne Hidalgo disse que se trata de um "belo projeto", ao qual está associada desde o seu início, e mostrou-se convencida de que este "se realizará".
Já Kosciusko-Morizet destacou que deseja que o Open de Roland Garros permaneça em Paris, mas prefere esperar pela resolução do litígio judicial antes de iniciar a remodelação, que passa por ampliar a área onde decorre o torneio de 8,5 hectares para 12,5 hectares e equipar o "court" central, Philippe Chatrier, com um teto retrátil, por forma a evitar a interrupção das partidas quando chove.