O presidente do Paris Saint-Germain, o empresário catari Nasser Al-Khelaïfi, foi hoje indiciado pelo crime de corrupção ativa, no âmbito da investigação sobre suspeitas de corrupção, à margem da candidatura de Doha aos Mundiais de atletismo.
De acordo com fonte judicial, citada pelo AFP, Al-Khelaïfi, foi intimado a apresentar-se em tribunal em 16 de maio, mas faltou, invocando a presença na final da Taça do Qatar de futebol.
Os magistrados da procuradoria financeira francesa questionam dois pagamentos, num total de 3,5 milhões de dólares (cerca de 3,1 milhões de euros ao câmbio de hoje), feitos em 2011 pela sociedade Oryx Qatar Sports Investment, detida por Al-Khelaïfi e o irmão Khalid, a uma sociedade de marketing desportivo dirigida por Papa Massata Diack, cujo pai, Lamine Diack, é ex-presidente da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) e antigo membro do Comité Olímpico Internacional (COI).
Nessa altura, Doha ambicionava receber os Mundiais de atletismo de 2017, cuja organização acabou por perder para Londres.
Três anos depois, Doha acabou por ganhar direito a acolher os campeonatos do mundo de atletismo de 2019, que se realizam entre 27 de setembro e 06 de outubro.
Na Suíça, Al-Khelaïfi, também proprietário da cadeia de televisão BeIN Sports, é também visado numa investigação por corrupção, relativa à atribuição dos direitos de transmissão de dois campeonatos do mundo de futebol.
Na terça-feira, a justiça francesa inculpou Lamine Diack pelo crime de corrupção passiva, no âmbito do mesmo processo.
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