
As andebolistas Carmen Figueiredo e Patrícia Rodrigues prometem motivação, confiança e garra para a seleção portuguesa lutar de “igual para igual” no play-off do Mundial de 2025 com a congénere do Montenegro, em busca de uma qualificação inédita.
Presente por duas vezes no Europeu, nas edições de 2008 e de 2024, a equipa das ‘quinas’ almeja garantir a estreia em campeonatos do Mundo nos encontros agendados para quarta-feira, às 19:00, em Fafe, e para domingo, em Podgorica, apesar de ter a consciência de que serão “muito duros”.
“Estou sempre motivada para ir à seleção. É um orgulho representar Portugal ao mais alto nível. Quanto a Montenegro, temos tudo para alcançar esse resultado que queremos obter. Vamos ter de nos esforçar muito. Vão ser muito duros estes dois jogos, mas, com confiança e garra, vamos conseguir”, prometeu Carmen Figueiredo, durante o estágio que decorre em Guimarães.
De regresso à convocatória do selecionador José António Silva após uma entorse no tornozelo direito a ter afastado do Europeu de 2024, a lateral esquerda de 20 anos assume o desejo de “fazer história”, num play-off em que a paciência e as tomadas de decisão podem ser cruciais para contrariar o poderio físico da seleção balcânica.
Também atenta ao “poder físico” das montenegrinas, Patrícia Rodrigues vê a seleção lusa pronta para disputar a eliminatória “de igual para igual” com Montenegro, conjunto com “bastante experiência”, recheado de jogadoras que disputam a Liga dos Campeões, principal competição europeia de clubes, e treinam “sempre a alto nível”.
Autora de 212 golos em 59 internacionalizações, a ponta direita de 27 anos crê que a equipa das ‘quinas’ tem de concentrar o seu pensamento em cada um dos jogos, a começar pelo que se vai disputar em Fafe, em que espera contar com o apoio do público.
"Cada jogo é um jogo. Temos primeiro de nos focar no jogo de quarta-feira e desfrutar do jogo em casa. Peço também que esteja um pavilhão cheio, porque isso é uma grande ajuda para nós. Temos vindo a sentir cada vez mais apoio, e isso é fundamental. Vamos tentar em casa o melhor resultado possível. (…) Depois, logo se vê no Montenegro”, refere.
Internacional portuguesa mais jovem de sempre, pela estreia em 06 de outubro de 2012, com 14 anos, a atleta do Benfica considera que o andebol luso apresenta “uma evolução bastante positiva” desde então, refletida, por exemplo, no Europeu de 2024, experiência que permite à seleção “continuar a crescer” e ser vista “com outros olhos”.
“A ida ao Europeu já não acontecia há muitos anos. Isto também se deve ao facto de muitas jogadoras jogarem lá fora, o que nos traz outra experiência. Também em Portugal, alguns clubes estão a apostar no feminino, o que é bom. Isso traz frutos para crescer enquanto seleção e ter mais experiência”, observa.
Jogadora do Elche desde o início da temporada, Carmen Figueiredo acredita que a passagem por Espanha vai fazer “muito bem” à sua carreira a longo prazo e enaltece a mistura de juventude e experiência na convocatória para o play-off, a seu ver um contributo para a seleção crescer.
A Alemanha e os Países Baixos vão organizar o Mundial entre 26 de novembro e 14 de dezembro, com 32 seleções, 17 delas europeias.
As 11 equipas vencedoras no play-off europeu de acesso ao Mundial de 2025 juntam-se às seis seleções da Federação Europeia de Andebol já qualificadas: a campeã do mundo de 2023, França, as três primeiras classificadas do Europeu de 2024, Noruega, Dinamarca e Hungria, e as duas anfitriãs.
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