O Paris Saint-Germain (PSG) manifestou-se hoje “surpreso”, mas “muito confiante” quanto ao resultado da abertura de uma “investigação formal” da UEFA no âmbito das suas últimas contratações, que podem violar o ‘fair-play’ financeiro que gere o futebol europeu.

"O clube está surpreso com essa abordagem, já que colocou a comissão do ‘fair-play’ financeiro da UEFA ao corrente do impacto integral das operações com jogadores, mesmo sem a isso estar obrigado”, explicou o clube.

Recentemente, o PSG contratou o brasileiro Neymar ao FC Barcelona pelo recorde de 222 milhões de euros (o anterior registo era de Pogba, com os 105 ME que o Manchester United pagou à Juventus há um ano), seguindo-se a aquisição de Mbappé ao Mónaco, de Leonardo Jardim, sendo esta época de empréstimo, com opção de compra obrigatória por 180 milhões, mais bónus.

“A Câmara de Investigação do Comité de Controlo Financeiro de Clubes da UEFA abriu uma investigação formal ao Paris Saint-Germain como parte da sua monitorização contínua de clubes segundo os regulamentos do Fair-Play Financeiro (FFP)”, disse hoje o organismo que tutela o futebol europeu.

Os parisienses afiançam estar “muito confiantes na capacidade de demonstrar que serão plenamente respeitadas as regras do jogo justo financeiro para o ano fiscal 2017/2018".

“A 23 de agosto, durante mais de três horas, o diretor geral delegado Jean-Claude Blanc apresentou aos peritos da UEFA, incluindo Andrea Traverso, responsável pelo ‘fair-play’ financeiro, os números que mostram que as operações realizadas com o FC Barcelona e as que estavam em curso com o AS Mónaco estavam em conformidade com as regras do ‘fair-play’ financeiro”, escreve a administração do PSG.

O clube revela que voltou a trocar “pontos de vista” com esses responsáveis da UEFA a 31 de agosto, “a fim de esclarecer de forma transparente como a operação com o AS Mónaco seria integrada nesta temporada nas contas do clube, tanto em termos de amortizações como de massa salarial".

O PSG assegurou que já realizou durante o verão de 2017 um conjunto de “operações com jogadores” que lhe permite melhorar o seu resultado financeiro em mais de 104 milhões de euros na época que agora iniciou.

O clube gaulês já foi sancionado em 2014, na sequência de um contrato com o turismo do Qatar, que a UEFA considerou sobrevalorizado.

As sanções (multas pesadas, restrição à inscrição de jogadores na Liga dos Campeões, etc...) foram levantadas posteriormente: a reincidência pode custar caro ao PSG.