O ícone do futebol francês Zinédine Zidane apelou hoje aos franceses que "evitem ao máximo" a Frente Nacional na segunda volta das presidenciais, em que se defrontam a líder da extrema-direita e o centrista Emmanuel Macron.
"A mensagem é sempre a mesma, a de 2002. Eu estou longe de todas essas ideias, da Frente Nacional. Por isso [é preciso] evitar isso ao máximo. Os extremos nunca são bons", disse o atual treinador do Real Madrid, durante uma conferência de imprensa de antevisão do jogo contra o Valência.
Zidane, que nasceu em Marselha de pais imigrantes de origem argelina, já tinha tomado uma posição semelhante em 2002, quando a Frente Nacional passou à segunda volta, afirmando tratar-se de um "partido que não corresponde de todo aos valores da França".
O campeão do mundo de 1998 participou também num vídeo contra Jean-Marie Le Pen, candidato da FN na altura e pai da atual candidata, Marine Le Pen, juntamente com artistas como Gérard Depardieu, Jean-Jacques Goldman ou o rapper marselhês Akhenaton.
Em resposta, Jean-Marie Le Pen disse então que Zidane se deixava "manipular por pessoas que se servem da sua notoriedade".
Com 44 anos, Zidane vive em Espanha desde que deixou de ser jogador, em 2006, e é treinador do Real Madrid desde janeiro de 2016.
O independente Emmanuel Macron venceu a primeira volta das presidenciais francesas de domingo com 24,01% dos votos, e vai defrontar, na segunda volta, a líder da Frente Nacional, Marine Le Pen, que conseguiu 21,30% dos votos.
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