A Liga Moçambicana de Futebol (LMF) pediu desculpas ao Ministério do Trabalho (MITRAB) pela presença de treinadores e jogadores «ilegais» no Moçambola, o principal campeonato do país, noticiou hoje a Agência de Informação de Moçambique (AIM).
Segundo a mesma fonte, a LMF enviou uma carta ao MITRAB, na qual pedia a concessão de 90 dias para a regularização da situação, mas o pedido foi rejeitado, tendo Ministério concedido apenas um mês para resolução das ilegalidades de jogadores e treinadores.
Na última semana, o MITRAB suspendeu a atividade dos treinadores portugueses Diamantino Miranda (Costa do Sol) e Vítor Urbano (Ferroviário de Maputo), considerando que o exercício da sua atividade continha ilegalidades.
O Moçambola, disputado por 14 equipas, tem esta época uma presença recorde de treinadores portugueses. Além de Diamantino Miranda e Vítor Urbano, estão também Vítor Pontes (Clube de Chibuto), Rogério Gonçalves (Ferroviário de Nampula) e José Fernando (Têxtil do Púnguè).
Também a disputar o Moçambola, o Matchedje, equipa das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), é treinada pelo brasileiro Alex Alves.
De acordo com o comunicado, a Inspeção-geral de Trabalho, recomenda que a LMF submeta para a análise casual os pedidos de contratação dos estrangeiros ilegais, de acordo com a Lei do Trabalho vigente no país.
A lei estabelece que «a contratação de agentes desportivos estrangeiros fica sujeita à autorização do Ministro que superintende a área do trabalho, ouvido o Ministro que superintende a área do Desporto».
Inclui-se ainda nas recomendações do MITRAB a revisão imediata dos salários abaixo do mínimo, relativamente aos clubes nessa situação e a regularização da situação contributiva junto do Instituto Nacional da Segurança Social (INSS).
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