Sem a presença do líder supremo do movimento anti-apartheid e ex-presidente sul-africano, Nelson Mandela, de luto pela morte da bisneta num acidente de viação, a cerimónia empolgou milhares de pessoas e marcou o pontapé de saída.

O estridente, ininterrupto e ensurdecedor som das vuvuzelas não conseguiu silenciar o discurso do presidente da FIFA, o suíço Joseph Blatter, que considerou o Mundial2010 “um sonho tornado realidade”.

Jacob Zuma, presidente sul-africano, deu, por seu lado, as boas vindas a todos aqueles que visitam o país e numa frase sublinhou a gratidão da África do Sul.

“O espectáculo vai começar. Divirtam-se”, disse Zuma, que partilhou a mensagem com o ausente Nelson Mandela.

Depois, começou o espectáculo futebolístico e, após uma primeira parte sofrida, a África do Sul começou a orgulhar os seus adeptos, quando Siphiwe Tshabalala marcou um “golão”, com um grande “tiro” de pé esquerdo.

Na parte final, o central mexicano Rafael Marquez, jogador do FC Barcelona, estragou a festa total, ao restabelecer a igualdade, que, porém, não tirou brilho à estreia do conjunto comandado pelo brasileiro Carlos Alberto Parreira.

Depois do empate do Soccer City, a França, campeã em 1998 e vicecampeã em título, e o Uruguai, vencedor da primeira edição (1930) e da quarta (1950), não saíram do “nulo” na Cidade do Cabo, num embate muito táctico e praticamente sem oportunidades.

O gaulês Sidney Govou, na primeira parte, e o uruguaio Diego Forlan, na segunda, desperdiçaram as únicas ocasiões reais, num embate que os uruguaios, com os “portugueses” Maxi Pereira e Álvaro Pereira a tempo inteiro, acabaram reduzidos a 10, por expulsão de Nicolas Lodeiro.

O Mundial2010, com a presença dos mais virtuosos praticantes, como Messi, Ronaldo ou Kaká, recebe 32 selecções e 64 jogos e disputa-se até 11 de julho.