Depois das bandeiras nacionais nas janelas, durante o Euro 2004, a iniciativa “Correr por Portugal” vai tentar criar uma onda de apoio à selecção portuguesa durante o Campeonato do Mundo 2010.

Paulo Dias, Luís Lima e António Piedade são três amigos que vão correr cerca de 1055 quilómetros, desde Faro até Bragança, com o intuito de desafiar a população a juntar-se numa onda de apoio em torno da selecção portuguesa.

A partida dos atletas está marcada para sábado, dia 15 de Maio, na baixa de Faro, e vai passar por Évora, Lisboa, Aveiro, Gaia e Braga, antes de chegar a Bragança no próximo dia 24 de Maio.

A corrida será feita na modalidade de estafeta, com cada atleta a fazer uma distância de 10 quilómetros numa hora, sucessivamente, ou seja, irão fazer 10 quilómetros e descansar 20. De acordo com Mário Machado, organizador da corrida, por cada 10 quilómetros os pés dos atletas vão tocar no chão cerca de oito mil vezes o que multiplicando por 1050 quilómetros dá uma ideia do esforço e da dificuldade pela qual estes atletas amadores vão passar.

Por cada cidade onde passem, os atletas vão ser recebidos por representantes das câmaras municipais, que assinarão um testemunho de apoio à selecção portuguesa para depois ser entregue ao grupo de Carlos Queiroz.

Luís Lima, em declarações ao SAPO Desporto, afirmou que a iniciativa partiu de uma brincadeira entre amigos que gostam de correr e que queriam voltar a ver uma onda de apoio e entusiasmo em torno da selecção portuguesa como no Euro 2004.

O atleta de 38 anos, tipógrafo de profissão, revelou que a ideia só foi para a frente a partir do momento em que Mário Machado entrou no projecto, ajudando a montar a logística e a encontrar um patrocinador, que vai ser a Betclic (empresa de apostas por Internet).

A mensagem é clara. Os três atletas querem contagiar a população portuguesa com o seu entusiasmo e arrastar todos até Bragança. Sobre o tipo de apoio que esperam, Luís Lima diz: “Irem ao pé da gente a correr, é dizerem Força Portugal, tudo que o apanharmos pelo caminho é para levar para cima. Arrastar tudo por aí a cima.”