A seleção portuguesa de futebol apresenta um balanço desfavorável nos confrontos com a França e a Suécia, mas positivo frente às congéneres da Roménia e da Islândia, os quatro possíveis adversários nos “play-offs” de qualificação para o Mundial2014.
A França é, claramente, a “besta negra” de Portugal: em 22 jogos, ganhou 16, empatou um e perdeu apenas cinco, o último há mais de 38 anos. Desde 1975, a equipa lusa perdeu os oitos encontros que disputou, entre os quais os três únicos oficiais, sempre nas meias-finais de Europeus ou Mundiais.
As derrotas – sempre tangenciais e recheadas de peripécias – na antecâmara da final dos Europeus de 1984 (3-2) e 2000 (2-1), em ambos os casos após prolongamento e no último com recurso a “golo de ouro”, bem como a do Mundial de 2006 (1-0), contam-se entre as mais dolorosas do futebol português.
O avançado Jordão foi um “quase-herói” na primeira presença de Portugal num campeonato da Europa, ao marcar dois golos lusos, que tiveram resposta à altura de Domergue, antes de Platini, um dos maiores génios da história do futebol, colocar a equipa anfitriã na final, ao fixar o 3-2 aos 119 minutos.
No Europeu de 2000, depois do empate 1-1 materializado com tentos de Nuno Gomes e Thierry Henry, o “carrasco foi outro dos nomes grandes da modalidade, o cerebral Zidane, marcador aos 117 minutos do “golo de ouro”, de grande penalidade, a castigar uma mão de Abel Xavier para a história, que colocou os gauleses na rota do segundo título continental.
A França voltou a travar o sonho de Portugal no Mundial de 2006, de novo com “requinte” e por intermédio de Zidane, mas desta vez não foi necessário esperar pelo prolongamento, pois o médio resolveu a questão no tempo regulamentar, ao fixar o 1-0 na marcação de mais um castigo máximo, aos 33 minutos.
Com seis derrotas, outros tantos empates e três vitórias, o balanço com a Suécia – que Portugal nunca conseguiu vencer em casa - não é muito mais favorável e, ainda que nunca se tenham cruzado em fases finais de grandes competições, defrontaram-se bastantes mais vezes nas qualificações.
Apesar do registo se manter negativo em jogos oficiais (dois triunfos, quatro igualdades e quatro derrotas), o resultado final é mais animador: as duas seleções “anularam-se” nas fases de apuramento para os Europeus de 1968 e 1988 e o Mundial de 1982, mas Portugal levou a melhor sobre os suecos e conseguiu qualificar-se para os Mundiais de 1986 e 2010.
A Roménia é uma espécie de antítese da França, uma vez que a equipa das “quinas” saiu vencedora nas duas partidas realizadas em fases finais, dos Campeonatos da Europa de 1984 e 2000, sempre por tangencial 1-0 e com golos tardios, por Nené, aos 81 minutos, e Costinha, aos 90+4, respetivamente.
As duas seleções disputaram por três vezes a qualificação, com desfechos “salomónicos”: Portugal seguiu para o Mundial de 1966 à custa dos romenos, que responderam na mesma moeda no apuramento para o Mundial de 1970 e ambas caminharam alegremente para o Europeu de 2000, no qual se viriam a reencontrar.
Para encontrar registo de confrontos com a Islândia é preciso esperar por 2012 e o panorama é o mais animador de todos, pois a equipa lusa impôs-se facilmente nos dois jogos da fase de qualificação para o Europeu de 2012, no qual voltaria a ficar pelas meias-finais, mas desta vez por culpa da Espanha.