Portugal e os campeões Uruguai e França estão entre as 22 seleções em busca das 11 últimas vagas na fase final do campeonato do Mundo de futebol de 2014, que se realiza no Brasil.
A formação lusa não conseguiu evitar os ”play-offs” europeus, ao ficar apenas em segundo lugar do Grupo F, atrás da Rússia, mas está bem “acompanhada” entre as seleções que ainda não selaram a qualificação, nomeadamente por dois anteriores vencedores.
O Uruguai, “rei” da primeira edição (1930) e da única realizada no Brasil (1950), foi apenas quinto na América do Sul, enquanto a França, que ganhou como anfitriã (1998), ficou, como esperado, no segundo do Grupo I, atrás da detentora Espanha.
Portugal, que tem como melhor registo o terceiro lugar de 1966, com Eusébio como “rei” dos goleadores (nove), vai medir forças com a Suécia, “vice” em casa (1958), num “duelo” muito mediático, com Cristiano Ronaldo de um lado e Zlatan Ibrahimovic do outro.
A formação lusa joga primeiro em casa, na sexta-feira, no Estádio da Luz, em Lisboa, e, quatro dias depois, viaja a Solna, onde vai tentar manter o pleno de presenças em fases finais desde 2000 (quatro europeus e três mundiais).
No que respeita à história da competição, os suecos têm um passado mais rico, com mais participações (11 contra cinco) e pódios (três contra um), seguindo no 10.º lugar do “ranking” dos mundiais, oito lugares acima de Portugal.
Por seu lado, a França, de Franck Ribéry - principal candidato a suceder ao argentino Lionel Messi como “Bola de Ouro” -, tem uma tarefa teoricamente mais acessível, face à Ucrânia, segunda do agrupamento da Inglaterra, da qual só distou um ponto.
O Uruguai, dos “portugueses” Maxi Pereira e Fucile, também é favorito face à Jordânia, quinta da Ásia, num “duelo” com jogos marcados para quarta-feira, em Amã, e 20 de novembro, em Montevideu, no jogo que fecha a fase de apuramento.
Os gauleses (13) e os uruguaios (11) são presenças constantes nas fases finais, ao contrário dos ucranianos (uma, em 2006) e dos jordanos, que procuram estrear-se.
Caso França e Uruguai se juntem a Brasil, Argentina, Itália, Alemanha, Inglaterra e Espanha, a prova será disputada pela primeira vez por oito campeões do Mundo, todos os vencedores da prova, estatuto que os espanhóis só adquiriram em 2010.
Na luta pela qualificação está também a campeã europeia de 2004, a Grécia, que tem apenas duas presenças e, sob o comando de Fernando Santos, vai medir forças com a Roménia, em busca da primeira participação desde 1998 e oitava de sempre.
O outro encontro dos “play-offs” europeus opõe a Islândia, que nunca esteve presente numa fase final, e a Croácia, terceira em 1998, na melhor de três presenças.
Além da Europa e da América do Sul com a Ásia, também se joga um “play-off” entre o México, que se ficou pelo quarto lugar na CONCACAF – e tem de o agradecer aos Estados Unidos -, e a Nova Zelândia, vencedora, há muito, da zona da Oceânia.
Os mexicanos procuram a 15.ª participação, e sexta consecutiva (desde 1994), enquanto os neo-zelandeses lutam pela terceira e segunda seguida, sendo que a Oceânia estará sempre representada, via Austrália, que se qualificou na zona asiática.
Por definir, estão ainda as cinco vagas africanas, sendo que uma está “virtualmente” entregue, ao Gana, sensacional sétimo classificado em 2010 – depois do 13.º posto na estreiam em 2006 -, que goleou fora o Egito por 6-1.
Muito bem lançado para uma quinta presença – todas desde 1994 -, está a Nigéria, que recebe a Etiópia em vantagem, depois de ter triunfado fora por 2-1.
Por seu lado, a Costa do Marfim, de Didier Droga, defende dois golos de vantagem no Senegal, após ter vencido em casa por 3-1, num jogo em que os forasteiros reentraram na luta aos 90+4, graças a um golo de Papiss Cissé.
Os marfinenses procuram a terceira participação consecutiva e os senegaleses a segunda de sempre, após o impensável sétimo lugar de 2002.
O Burkina Faso, à procura de se estrear num Mundial, vai à Argélia, que busca uma quarta presença e segunda seguida, com uma vantagem ainda menor, após o 3-2 caseiro.
Os Camarões, já com sete participações (todas desde 1982), e a Tunísia, que conta quatro e só falhou um das últimas quatro (2010), disputam o outro “duelo” africano, em Yaoundé, depois do “nulo” registado em Rades.