A Alemanha, campeã em título, e a Polónia protagonizaram os únicos desaires europeus na primeira jornada da fase de grupos do Mundial de futebol de 2018, que só registou um triunfo sul-americano.

Numa ronda inaugural, composta por 16 jogos, em que se destacam também os dois triunfos asiáticos, o México foi o grande protagonista, ao bater os germânicos por 1-0.

Um golo de Hirving Lozano, aos 35 minutos, selou o triunfo dos ‘aztecas’ - pelos quais atuaram os ‘portugueses’ Herrera, Layún e, partindo do banco, Raúl Jiménez - o único das seleções da América do Norte, Central e Caraíbas (CONCACAF).

Por seu lado, o Senegal, que salvou a honra de África (uma vitória e quatro derrotas), foi o responsável pelo outro desaires das formações europeias, ao superar hoje a Polónia por 2-1, graças a um autogolo e um tento de Mbaye Niang.

A Europa, que, em ‘casa’ só perdeu a edição de 1958, conquistada pelo Brasil, liderado por um miúdo de 17 anos chamado Pelé, não sofreu mais qualquer desaire na primeira ronda, somando oito vitórias e três empates.

Umas destas igualdade aconteceu no único encontro até agora disputado entre duas equipas do ‘velho continente’, os vizinhos Portugal e Espanha, que empataram a três golos.

A formação lusa esteve a vencer por 1-0 e 2-1, a Espanha virou para 3-2, mas a derradeira palavra foi do Bola de Ouro Cristiano Ronaldo, que fez o 3-3 final de livre direto, aos 88 minutos. Somou o único ‘hat-trick’, no jogo até agora com mais golos.

Os outros empates, ambos a um golo, foram conquistados, de forma algo surpreendente, pela Islândia, face a Argentina, de Lionel Messi, que falhou um penálti, e pela Suíça, perante o Brasil. As duas equipas europeias estiveram a perder.

De resto, os restantes conjuntos do ‘velho continente’ somaram triunfos, casos de Rússia (5-0 à Arábia Saudita), França (2-1 à Austrália), Dinamarca (1-0 ao Peru), Sérvia (1-0 à Costa Rica), Suécia (1-0 à Coreia do Sul), Bélgica (3-0 ao Panamá) e Inglaterra (2-1 à Tunísia).

Ao contrário dos europeus, os sul-americanos têm dececionado, já que, aos empates de argentinos e brasileiros e ao desaire dos peruanos, há ainda a somar o desaire da Colômbia, reduzida a 10 elementos após três minutos, perante o Japão (1-2).

Os nipónicos entraram mesmo para a história dos Mundiais, ao selarem o primeiro triunfo de um conjunto asiático face a um sul-americano. Shinji Kagawa, de grande penalidade, e Yuya Osako ‘escreveram’ o feito, em Saransk.

Entre as equipas da CONMEBOL, a exceção foi o Uruguai, ao vencer o Egito, logo no segundo dia, por 1-0, com um golo mesmo a acabar, aos 90 minutos, marcado pelo central José María Giménez, de cabeça, na sequência de um canto.

Quanto aos asiáticos, o Japão não foi a única seleção a vencer, uma vez que o Irão, orientado pelo treinador português Carlos Queiroz, também triunfou, face a Marrocos, por 1-0, graças a um autogolo nos descontos, em encontro do Grupo B, o de Portugal.

Egípcios e marroquinos estiveram perto de pontuar, mas não o conseguiram, tal como a Nigéria e a Tunísia. Salvou-se, entre os africanos, o Senegal, que cumpre a segunda participação, depois de na estreia, em 2002, ter chegado aos quartos de final.

A primeira jornada da fase de grupos ficou hoje concluída, mas a segunda arranca também hoje, pelas 21:00 locais (19:00 em Lisboa), com a anfitriã Rússia a defrontar o Egito, já com Mohamed Salah.