O Chelsea, última equipa europeia a perder uma final, em 2012, é o máximo favorito a consagrar-se como o 11.º vencedor do Mundial de clubes de futebol, o que poderá ter de passar por vencer dois treinadores portugueses.

Numa prova que arranca na quinta-feira, pela quinta vez nos Emirados Árabes Unidos, após 2009, 2010, 2017 e 2018, os vencedores da ‘Champions’ 2020/21, no Porto, podem defrontar nas ‘meias’ os sauditas do Al Hilal, de Leonardo Jardim, e na final os brasileiros do Palmeiras, de Abel Ferreira.

Os bicampeões sul-americanos são os principais ‘outsiders’, depois de terem sido a grande deceção há um ano – eliminados nas ‘meias’ pelos mexicanos do Tigres -, numa competição ainda com o Monterrey, do México, o estreante AS Pirae, de Taiti, da Polinésia Francesa, e o anfitrião Al Jazira.

A 18.ª edição da prova que sucedeu à Taça Intercontinental – disputada de 1960 e 2004, entre os campeões da Europa e da América do Sul – tem sido marcada pelo domínio da Europa, que vai em oito vitórias consecutivas e conta 13 títulos.

Desta forma, o Chelsea, apesar de não ser neste momento sequer a melhor equipa inglesa, é o favorito, na tentativa de ‘vingar’ o desaire de 2012, face aos brasileiros do Corinthians, numa edição que terá, já é certo, um vencedor inédito.

Há uma década, o avançado peruano Paolo Guerrero foi o ‘herói’ do triunfo do conjunto paulista, ao marcar, aos 69 minutos, o único tento da final, para impedir o sucesso do conjunto de Rafa Benítez, no qual só se mantém Azpilicueta, entre os utilizados.

Desta vez, o Chelsea, atual terceiro colocado da Premier League, chega liderado pelo alemão Thomas Tuchel e com um plantel profundo e repleto de qualidade, mais do que suficiente para enfrentar os dois jogos, no espaço de quatro dias.

Os ingleses entram nas meias-finais e há três clubes que podem enfrentar, sendo que as hipóteses são o Al Hilal e ainda o Al Jazira e o AS Pirae, dois clubes que dão o ‘pontapé de saída’ na prova, em embate marcado para quinta-feira.

Quem vencer o encontro inaugural defronta, no domingo, o conjunto de Leonardo Jardim, que, mesmo já sem o avançado francês Bafetimbi Gomis, será sempre o principal candidato a chegar às meias-finais e a desafiar o Chelsea.

O objetivo do conjunto da Arábia Saudita, no qual alinham o ex-portista Marega, o ex-benfiquista e sportinguista André Carrillo e os ex-‘leões’ Matheus Pereira e Luciano Vietto, é tornar-se o quinto não europeu ou sul-americano a chegar à final.

Os congoleses do TP Mazembe, os marroquinos do Raja Casablanca, os japoneses do Kashima Antlers, o Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos, e os mexicanos do Tigres, na última edição (0-1 na final com o Bayern Munique), foram os autores dos feitos.

Do outro lado do ‘quadro’, os primeiros a entrar em ação são os dois conjuntos com mais presenças no Mundial: os egípcios do Al Ahly, na sétima participação, e os mexicanos do Monterrey, que vão para a quinta – nenhum dos outros tem mais de uma.

O vencedor, de um ‘duelo’ que se espera equilibrado, segue para as meias-finais e um embate com o Palmeiras, de Abel Ferreira, que tem como primeira missão na prova seguir para a final e ‘apagar’ a péssima imagem deixada na última edição.

Há um ano, a formação paulista tornou-se apenas a quinta campeã sul-americana a falhar a final e a única a ficar fora do pódio, já que, após ser eliminada pelo Tigres, perdeu o jogo do ‘bronze’ nos penáltis, para o Al-Ahly, que pode reencontrar.

Além dos paulistas, apenas tinham falhado a presença no jogo decisivo os também brasileiros do Internacional (2010) e do Atlético Mineiro (2013), os colombianos do Atlético Nacional (2016) e os argentinos do River Plate (2018).

Se Palmeiras e Chelsea não ‘furarem’ desde vez os prognósticos, então, em 12 de fevereiro, um sábado, terá lugar a final ‘esperada’, no Estádio Mohammed bin Zayed, em Abu Dhabi, para se encontrar um novo campeão do Mundo de clubes, o 11.º.

O ‘ranking’ da prova é liderado pelos espanhóis do Real Madrid, com quatro títulos - três deles com o português Cristiano Ronaldo na equipa -, contra três dos compatriotas do FC Barcelona, nas três finais com golos do argentino Lionel Messi, e dois de Bayern Munique e Corinthians, em 17 edições.