As anfitriãs Nova Zelândia e Austrália dão na quinta-feira o ‘pontapé de saída’ no Mundial feminino de futebol, com jogos de abertura diante da Noruega e República da Irlanda, respetivamente, numa nona edição que ‘estreia’ Portugal.

Com os Estados Unidos, repleto de ‘estrelas’, entre as quais Megan Rapinoe e Alex Morgan, à procura de um ‘tri’ histórico, este é o primeiro campeonato do mundo com 32 seleções, o primeiro a realizar-se no hemisfério sul e o primeiro coorganizado por dois países.

Portugal, inserido no grupo E, é um dos estreantes na competição, bem como o Vietname, que defrontará na segunda jornada, em 27 de julho.

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A estreia da seleção das ‘quinas’ acontecerá porém diante das experientes vice-campeãs mundiais dos Países Baixos, no sábado, enquanto na terceira e última jornada defrontará as bicampeãs do mundo, os Estados Unidos, em 01 de agosto.

Além de Portugal e Vietname, outros ‘rookies’ são Haiti, Marrocos, Panamá, Filipinas, República da Irlanda e Zâmbia.

O Mundial, que procura dar maior visibilidade ao futebol jogado por mulheres e quando algumas questões de igualdade, até em matéria de prémios, têm vindo a ganhar forma, tem o grande ‘contra’ de uma menor visibilidade.

As transmissões televisivas chegaram a estar em ‘perigo’ e quando o fuso horário previsto para a Europa ou Estados Unidos tem uma janela muito alargada, quase literalmente da ‘noite para o dia’, em alguns casos.

Outro aspecto ‘contra’ no Mundial é a ausência de alguns nomes fortes do futebol no feminino, desde logo das espanholas em litígio com o selecionador Jorge Vilda, embora ‘La Roja’ conte com a melhor do mundo, Alexia Putellas.

Um cenário em que também a Inglaterra não terá Beth Mead, melhor jogadora do último Europeu, nem Leah Williamson, ambas com lesões ligamentares, além de Fran Kirby, também lesionada, ou das retiradas Ellen White e Jill Scott.

Outra candidata ‘ferida’ é a França, sem Marie-Antoinette Katoto e Delphine Cascarino, ou a capitã Wendie Renard, em conflito com aquilo a que designou de “sistema”, que a ‘obrigou’ a suspender a atividade na seleção.

Ainda assim, Países Baixos, Inglaterra, Espanha, França, Canadá, da ex-benfiquista Cloe Lacasse, Alemanha ou Austrália são as seleções ‘mais próximas’ de contestar a hegemonia norte-americana, alicerçada em quatro títulos em oito Mundiais, dois dos quais nas edições mais recentes.

Em 2015, as norte-americanas golearam na final o Japão por 5-2 e em 2019, em França, tiveram também quase um jogo de sentido único contra as então campeãs europeias dos Países Baixos (2-0).

Estas duas seleções surgem como candidatas e a saírem do mesmo grupo, para ‘azar’ de Portugal, a precisar de um ‘milagre’ para fazer história na sua estreia.

Dos oito grupos, numa fase que decorrerá entre quinta-feira e 03 de agosto, os dois primeiros de cada apuram-se para os oitavos de final.

Os grupos A e B contam com as anfitriãs, a Nova Zelândia no primeiro junto à Noruega (campeã mundial em 1995), Suíça e Filipinas, e a Austrália no segundo, com Canadá, República da Irlanda e Nigéria.

O grupo C conta com Espanha, Japão (campeão em 2011), Costa Rica e Zâmbia, o grupo D com Inglaterra, China, Dinamarca e Haiti, o grupo F com França, Brasil, Jamaica e Panamá, o grupo G com Suécia, Itália, Argentina e África do Sul e o grupo H com Alemanha (campeã em 2003 e 2007), Coreia do Sul, Colômbia e Marrocos.

A cerimónia de abertura terá lugar na quinta-feira, a anteceder o jogo de abertura no Eden Park, em Auckland, numa cerimónia com a participação das cantoras australiana Mallrat e neozelandesa Benee, que deverão interpretar a música oficial 'Do it again'.