O médio português Danilo culpa o cansaço pela derrota na final do Mundial de futebol de sub-20 de 2011, na Colômbia, e não esconde a mágoa que ainda sente pelo desaire face ao Brasil (2-3, após prolongamento).
«Há sempre aquela mágoa de chegar à final e não conseguir trazer a taça para a nação, para os portugueses, mas fica um grande orgulho de termos chegado à final e termos representado bem o país, com empenho e motivação», afirmou à Lusa o médio, que alinhou na última época nos holandeses do Roda, por empréstimo dos italianos do Parma.
Recordando o Mundial de 2011, disputado na Colômbia, Danilo destacou o desempenho luso, ao longo dos sete jogos, tendo faltado «só» um pouco mais de resistência na final.
«Foi um grande torneio e todos queriam sair de lá com a taça, mas não foi possível porque nos últimos minutos faltou-nos um bocado de força. Acho que estávamos um bocado cansados, faltou isso... só», lamentou Danilo.
O jogador luso não esquece a final, mas também tem bem presente na memória o «mais emocionante» embate com a Argentina, nos quartos de final, decidido nas grandes penalidades.
Danilo identificou as «mais-valias» da geração de 2011, a que esteve mais perto de reeditar os êxitos de 1989 e 1991, destacando o selecionador Ilídio Vale.
«O treinador foi fulcral porque conseguiu recolher informações dos jogadores e dos adversários, que nos ajudaram a perceber como jogavam, e a explicar-nos como podíamos aproveitar os seus pontos negativos e anular os pontos positivos, tornando tudo mais fácil para nós», explicou.
Nesse sentido, o médio, autor do primeiro dos golos que derrotou a França nas meias-finais (2-0), disse que a equipa lusa, com «um grupo muito forte», ganhava vantagem com o conhecimento que tinha dos adversários.
«A mais-valia foi termos tido confiança em nós, como equipa e individualmente. Éramos um grupo muito forte e isso foi um dos principais motivos que nos levaram à final, porque sabíamos das nossas qualidades, da nossas debilidades e, sabendo isso, focámo-nos nas vantagens e conseguimos chegar à final», referiu.
Aos 21 anos, Danilo admitiu a importância que a competição teve no seu percurso, transferindo-se do Benfica para o Parma, que o cedeu temporariamente aos gregos do Aris de Salónica e, recentemente, ao Roda.
«Foi importantíssimo porque muita gente ainda não sabia quem eu era, como jogava ou como era como pessoa, mas depois do Mundial tive mais projeção a nível nacional. Penso que toda a gente em Portugal viu os jogos e depois começaram a conhecer-me e isso foi importante», concluiu o médio, que diz ainda não ter definido o clube em que vai jogar na próxima época.
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