Se se dizer Michael Simões Domingues talvez não se saiba quem é. Se se dizer Mika poderá ser confundido com o cantor de Relax. Se a Mika se juntar guarda-redes, os mais atentos saberão que se fala daquele que foi considerado o melhor guardião deste Mundial de sub-20, que esta madrugada terminou na Colômbia, com a derrota de Portugal na final com o Brasil (3-2). Até àquele momento, Mika estava imbatível. Zero golos até ao jogo com o Brasil final.
Antes de ir para o campeonato do Mundo, Mika já tinha estado na linha da frente, ao ter sido comprado ao União de Leiria pelo Benfica, que fez dele o terceiro guarda-redes. A cláusula para rescindir está nos 15 milhões de euros, um valor justificado com brilhantismo na Colômbia.
Aos 20 anos, o miúdo nascido na Suiça, em Yverdon-Les-Bains, saltou para a ribalta. Começou em Portugal nos juniores do Sporting de Pombal, onde esteve de 2002 a 2006. Nesse ano, desceu uns quilómetros, até ‘aterrar’ em Leiria, mas só em 2009, com 18 anos, chegou à equipa principal. Geograficamente, o percurso de Mika tem sido a descer, proporcionalmente inverso à sua carreira. Este ano chegou a Lisboa.
Da Colômbia, sai sem o título mundial, mas com duas marcas: o prémio de melhor guarda-redes e o recorde de mais minutos sem sofrer golos (575).
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