Duas dezenas de entusiastas adeptos da seleção iraniana de futebol concentraram-se hoje no quartel-general da seleção asiática para felicitar Carlos Queiroz pela vitória sobre Marrocos no Mundial2018, ambicionando chegar aos oitavos de final juntamente com Portugal.
“Devemos esta nossa alegria ao Carlos Queiroz, pelo que Portugal também está no nosso coração. Seria muito bonito podermos seguir juntos. Que no jogo de 25 de junho nos baste um empate a ambos e tudo será perfeito”, desejou Sam, em declarações à agência Lusa.
O triunfo por 1-0 sobre Marrocos, na sexta-feira, assegurou a liderança ao Irão após a primeira jornada do Grupo B, na sequência do empate 3-3 entre Portugal e Espanha.
O emigrante persa na Dinamarca admitiu que ainda tem “dificuldades em conter a alegria imensa” e, com um sorriso, entende que se terão invertido os papéis: “Este deixou de ser o grupo da morte para nós para passar a sê-lo para os nossos oponentes”.
“Esta seleção fez história. Todos os iranianos estão muito orgulhosos de toda a equipa e do selecionador, que revolucionou o nosso futebol. Não sei como Portugal o deixou sair”, referiu, recordando que “em 2010, na África do Sul, o Cristiano Ronaldo não era o jogador fenomenal que é agora”.
Kaveh diz que é “inacreditável o feito do Irão”, revelando que tem “muita fé” que a sua seleção “pontue com Portugal e, sobretudo, com Espanha”.
“Acho que a questão da troca do selecionador de Espanha ainda não está bem resolvida. No jogo com Portugal pareceu-me que havia uma certa confusão tática. Acredito que temos hipóteses de lhes roubar pontos”, vincou.
Quanto a Portugal, “tudo será bem mais difícil enquanto tiver um ‘monstro’ do futebol chamado Cristiano Ronaldo, que não pensa noutra coisa a não ser marcar golos atrás de golos”.
“É incrível. Uma força da natureza. Nunca vi em desporto algum alguém com tal espírito competitivo. Se jogasse pelo Irão era certo que passaríamos à próxima fase”, vaticinou o adepto, sempre envolvido pela bandeira iraniana.
Radin veio a Moscovo “apenas para cumprimentar o senhor Queiroz e tentar abraçar cada um dos jogadores do Irão, dizendo-lhes que todo o povo lhes está muito agradecido”.
“Façam o que fizerem daqui para a frente, já são uns heróis. Deram-me a maior alegria desportiva da vida. Queiroz merece pelo excelente trabalho que está a fazer. Acredito que já é tanto iraniano quanto português. Pelo menos nós amamo-lo mais”, vincou, batendo persistentemente com o punho fechado no coração.
No exterior do recinto, os adeptos iranianos ensaiaram vários cânticos de apoio à seleção, na esperança de que os jogadores os ouvissem.
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