O futebolista Bernardo Silva considerou hoje que “algumas situações da organização não foram as melhores” no Mundial2022, no Qatar, que recebeu várias críticas, face aos direitos dos trabalhadores migrantes, à comunidade LGBTQI+ e ao impacto ambiental.

“Sabemos de tudo o que aconteceu, não é fácil, todos nós nesta seleção acreditamos nos direitos humanos, direitos de todos os trabalhadores, na igualdade de direitos. Acabamos por estar aqui a representar o nosso país da melhor forma, sabendo que algumas situações da organização não foram as melhores”, comentou o médio dos ingleses do Manchester City, em conferência de imprensa, em Doha.

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Embora as autoridades do Qatar neguem, várias organizações apontam para milhares de mortes naquele país entre 2010 e 2019 em trabalhos relacionados com o Mundial, sendo que, além das mortes por explicar, o sistema laboral de ‘kafala’ e os trabalhos forçados, sob calor extremo e com longas horas de trabalho, entre outras agressões, têm sido lembradas e expostas há anos por organizações não-governamentais e relatórios independentes.

Antes do primeiro treino da seleção portuguesa no Qatar, onde Portugal tem estreia marcada com o Gana, no Grupo H, na quinta-feira, um dos indiscutíveis para Fernando Santos foi o porta-voz dos lusos, para assegurar que a equipa está concentrada para se apresentar em campo da melhor maneira.

“Estamos concentrados a representar Portugal da melhor forma e ao mais alto nível. As sensações são boas, calor, mas tudo ótimo. Uma receção fantástica e condições muito boas”, expressou.

O Campeonato do Mundo realiza-se no Qatar, entre 20 de novembro e 18 de dezembro.

Portugal está integrado no Grupo H, juntamente com Uruguai, Gana e Coreia do Sul, de Paulo Bento, tendo estreia marcada na competição para 24 de novembro, diante dos ganeses, no Estádio 974, em Doha.

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